terça-feira, 16 de abril de 2013

EUA: MÉDICOS DE BOSTON TIVERAM QUE AMPUTAR MEMBROS DE FERIDOS NO MEIO DA RUA

Médicos de Boston tiveram que amputar membros de feridos no meio da rua
A cidade de Boston na manhã desta terça-feira (16) estava mergulhada em dor e raiva pelos três mortos e mais de 170 feridos deixados pelos ataques da véspera durante uma famosa Maratona anual. No incidente da segunda-feira (15) os médicos que socorreram as vítimas disseram que muitas delas perderam membros na explosão e que alguns precisaram ser amputados no local.

As autoridades da cidade anunciaram que será fornecido suporte psicológico nas escolas e para os corredores que precisarem de assistência após os ataques.

Enquanto isso, a linha de chegada da maratona continua isolada e a polícia montou um forte esquema de segurança na rua principal e em toda a cidade. A ação incluiu o fechamento de estações de metrô e revistas policiais nos trens e ônibus.


A polícia indicou que a segurança reforçada será mantida por vários dias. Vários locais turísticos importantes foram fechados e eventos esportivos foram cancelados. A partida de basquete disputada entre Boston Celtics e Indiana Pacers, que seria diputada na terça-feira, foi cancelada devido à tragédia.

As autoridades buscam pistas em Boylston Street, uma rua que continua fechada cheia de cacos de vidro da explosão de duas bombas, e varrida pelo vento frio de primavera nesta cidade.

Nesta terça-feira, cerca de 27 mil corredores se aproximaram o máximo que puderam da linha de chegada para prestar homenagem às vítimas e suas famílias. "Vou deixar a cidade hoje, mas tive que voltar aqui", disse Lea Elliasson, de 55 anos, que veio da Suécia para participar da 117º edição da maratona.

"Terminei o percurso 15 minutos antes dos atentados, eu sei que tenho sorte", declarou esta mulher, que correu para arrecadar fundos para pessoas com deficiência em sua cidade.

Boston lamentou particularmente pela família de Richard Martin, de oito anos, que morreu nas explosões, enquanto esperava para ver seu pai cruzar a linha de chegada. A irmã do menino, de seis anos, perdeu uma das pernas no ataque, e sua mãe também ficou gravemente ferida, segundo a imprensa local. Uma vela foi deixada nos degraus da casa da família, no bairro de Dorchester, e a palavra "paz" foi escrita em giz na rua.

Outras histórias trágicas vieram à tona enquanto os médicos relatavam a destruição causada por metais e pregos que as bombas continham.

Liz Norden, mãe de cinco filhos, contou ao Boston Globe que dois deles perderam uma perna. Ambos tinham ido para a Boylston Street para ver um amigo terminar a prova. Norden recebeu um telefonema de um de seus filhos da ambulância que o levava junto com seu irmão para um hospital. Ele disse que estava "gravemente ferido".

*AFP/Folha do Sertão/Márcio Melo



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