quarta-feira, 10 de abril de 2013

Justiça de SP bloqueia R$ 520 milhões da empresa de Maluf


A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 520 milhões da empresa Eucatex, da família Maluf.
A medida foi tomada após pedido do Ministério Público de São Paulo, que apontou uma suposta operação entre empresas do grupo para transferir patrimônio da Eucatex e assim evitar o pagamento de indenizações em caso de futuras condenações contra Maluf nas ações em que ele é apontado como autor de desvios na Prefeitura de São Paulo.
Segundo a decisão da 4ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, o requerimento do Ministério Público mostra a "possibilidade de defraudação do patrimônio" da Eucatex, mas a decisão poderá ser alterada caso a empresa demonstre que o bloqueio poderá levar à quebra da companhia.

Como revelado pela Folha em março, a Promotoria entende que a família de Maluf está buscando escapar do pagamento de condenações judiciais com a transferência do patrimônio da Eucatex para uma nova companhia do grupo, a ECTX. Para o Ministério Público, a operação constituiu fraude e teve como objetivo "desidratar" a Eucatex.
Na época, o vice-presidente da Eucatex, José Antônio Goulart de Carvalho, negou a acusação. Ele afirmou à Folha que a transferência do patrimônio da empresa para a ECTX ocorreu porque a nova companhia será a protagonista de um novo modelo de gestão, mais transparente, a ser adotado.
Em julho do ano passado, a Eucatex transferiu R$ 320 milhões de seu patrimônio para a ECTX. Em maio e outubro, a empresa informou, em comunicados de "fato relevante" ao mercado, que havia iniciado um "processo de reorganização acionária" para transferir seu acervo.
A ECTX, segundo Goulart de Carvalho, está aguardando autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para lançar suas ações no mercado de capitais.

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