quinta-feira, 16 de maio de 2013

Assistentes sociais denunciam precariedade das condições de trabalho no RN

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Falta de condições técnicas, éticas e escassez de profissionais, gerando uma sobrecarga de trabalho ou diminuição da oferta de serviços. E mais: inexistência de concurso público e a maioria atuando como cargo comissionado, sem vínculo efetivo e por isso mesmo correndo o risco de perder o emprego caso ouse reclamar por condições mais dignas na profissão e no próprio atendimento ao público, na rotina profissional.

No Dia do Assistente Social (15) estes são apenas alguns aspectos da precariedade do mercado de trabalho destes profissionais no RN, conforme denúncia do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS RN). “Faltam equipamentos, veículos, material de expediente e com relação à ética, não existe um local adequado para o atendimento, com risco de comprometer o sigilo profissional”, disse Jussara Almeida, presidente do CRES RN.
O debate foi durante a Audiência Pública promovida pela deputada Larissa Rosado (PSB) no Plenarinho da Casa. Para o CRESS a data é emblemática: o conselho está completando 30 anos de atividades no Estado e esta semana está percorrendo algumas cidades do interior, começando por Macaíba na segunda-feira passada e por Caicó no dia seguinte.
A necessidade de concurso nas esferas municipal, estadual e federal é elencada como uma das mais importantes. As estatísticas do conselho mostram que dos 78,16% que trabalham no setor público, 40,97% atuam nos municípios; 24% no governo estadual e 13,19% no governo federal. A campanha nacional tem o tema Serviço Social na luta contra a exploração do trabalho e por melhores condições e relações de trabalho.
Jussara Almeida disse que devido à ausência de salas próprias para desempenhar suas funções, muitos colegas fazem o atendimento no meio dos corredores, embaixo de árvores ou “no meio do tempo”. “A gente está lutando não só pela melhoria na profissão, mas pelos direitos dos usuários para os quais a gente trabalha”, disse.
A deputada Larissa Rosado, que preside a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, disse que irá ampliar a discussão, procurando outras entidades: “Vamos conversar com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação e com o Ministério Público a fim de dar mais visibilidade para que essa questão não fique somente na Assembleia. O que vocês trouxeram aqui é muito grave”, afirmou.

* Márcio Melo via No Minuto

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