General brasileiro é escolhido novo comandante de missão de paz da ONU no Congo
O general brasileiro Carlos Alberto Santos Cruz, ex-chefe das forças da ONU no Haiti (Minustah), será o novo comandante de missão de paz na República Democrática do Congo. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (17), em nota emitida pelo porta-voz do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.
A Monusco (Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo), terá um novo chefe: o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Santos Cruz, 61, liderou as forças de paz da ONU no Haiti entre 2007 e 2009. Até ser nomeado para a Monusco, o general trabalhou como vice-comandante de Operações Terrestres do Exército Brasileiro e assessor especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, em Brasília.
Em entrevista à Rádio ONU, de Brasília, o general disse que pretende com o mandato cumprir as resoluções do Conselho de Segurança.
RAIO-X DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO
- Nome oficial: República Democrática do CongoCapital: KinshasaLocalização: África equatorialSuperfície: 2.344.858 Km2População: 75.507.308Moeda: Zaire novoIdioma oficial: FrancêsPIB: US$ 400 (per capita)Religião: Católica (50%), Protestante (20%), Quimbanda (10%),Muçulmana (10%) e outras (10%)Governo: PresidencialistaPrincipais atividades econômicas: Agricultura e mineração
"Quando no terreno é que sem tem uma ideia um pouco mais real da situação. Mesmo assim, você tem uns princípios que precisam ser perseguidos. Um deles é que o mandato da ONU é bastante específico nos objetivos dele. E, nós vamos utilizar e mobilizar as tropas presentes no país, de diversas nacionalidades, vamos mobilizar toda esta força para que possamos cumprir com o mandato do Conselho de Segurança."
Santos Cruz irá substituir o ex-comandante da Monusco, o indiano Chander Prakash Wadhwa, que terminou o mandato em 31 de março.
O general brasileiro tem mais de 40 anos de experiência nacional e internacional, é formado pela Academia Militar de Agulhas Negras, e é bacharel em engenharia civil. Segundo ele, outra meta da missão é promover uma integração social e cultural das forças com a população do país, assim como foi feito no Haiti.
"Uma missão de paz é extremamente complexa. Você não pode se limitar às obrigações que estão especificadas. É preciso prestar o auxílio que for necessário. É preciso sair dos seus limites e fazer o que for necessário. Todo tipo de benefício de integração social ou cultural com a população, para que a população perceba que as Nações Unidas estão lá para levar uma situação mais confortável, de paz, para que a pessoa possa ter uma vida compensadora num ambiente difícil", disse à Rádio ONU.
Na República Democrática do Congo, no início deste mês, por exemplo, a ONU confirmou que membros das Forças Armadas realizaram um estupro em massa contra 97 mulheres e 33 meninas, algumas delas com seis anos de idade, segundo um relatório da entidade.
Um relatório da ONU também acusa os rebeldes do grupo M23 de realizar diversas violações aos direitos humanos contra a população civis em áreas ocupadas por eles, assim como membros das Forças Armadas que se renderam.
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