quarta-feira, 15 de maio de 2013

Ministro da Saúde pede cautela com mastectomia preventiva

Pedido foi feito após Angelina Jolie fazer mastectomia

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pediu 'cautela' em relação à mastectomia preventiva, operação à qual foi submetida a atriz americana Angelina Jolie perante sua propensão genética a sofrer um câncer de mama.

'São recomendações que precisamos ver com muito cuidado, pois já surgiram vários estudos que demonstraram um número bastante grande de mastectomias realizadas em pacientes nas quais depois se descartou o risco de um câncer', declarou Padilha.
A decisão de Jolie, para quem foi previsto 87% de probabilidades de sofrer esse tipo de câncer, o mesmo que matou sua mãe aos 56 anos, voltou a colocar sobre a mesa o delicado assunto dessa cirurgia preventiva sobre a qual a comunidade médica não esconde suas reservas.
'É um assunto que tem que ser analisado com muito cuidado e cautela na relação médico-paciente, pois existem alguns tratamentos mais radicais e outros, apoiados em estudos, que apontam que talvez seja melhor acompanhar a paciente', ressaltou Padilha.
Segundo o ministro, 'uma mastectomia não é uma cirurgia qualquer, já que prevê riscos, pode gerar uma infecção e a mulher que retira os seios pode sofrer um trauma psicológico'.
A orientação do Ministério da Saúde, indicou Padilha, se mantém com a recomendação para que as mulheres com um histórico clínico de câncer de mama na família comecem aos 35 anos o acompanhamento médico específico.
A dupla mastectomia, uma operação consistente em extirpar os dois seios para prevenir ou lutar contra o câncer de mama, se alçou como uma opção cada vez mais recorrente entre as mulheres dos Estados Unidos, algo que se arrasta desde a década passada.

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