sexta-feira, 7 de junho de 2013

ENGENHÃO PASSARÁ POR REFORMA NA COBERTURA E FICA FECHADO ATÉ 2015


Estádio Olímpico João Havelange está interditado desde o dia 26 de março

O Engenhão permanecerá fechado para jogos de futebol até o início de 2015. Interditado por problemas na estrutura de sua cobertura, o estádio passará por uma reforma de 18 meses e, até que as obras estejam concluídas, ele não poderá ser usado.

O anúncio da reforma foi feito nesta sexta-feira pela Secretaria Municipal de Obras do Rio de Janeiro e o Consórcio Engenhão, que construiu o estádio. O órgãos divulgaram no início da tarde o resultado final de um estudo encomendado pela prefeitura sobre as condições do estádio.
Uma comissão de engenheiros foi montada para estudar o Engenhão. Segundo o parecer dessa comissão, "o reforço estrutural do estádio é imprescindível para que ele possa ser utilizado com os níveis mínimos de segurança".
"O arco [que segura a cobertura] se movimentou bastante. Com isso, movimentou os tirantes [peça tensionada que deveria ficar reta e não está]. Por isso, caíram os níveis de confiabilidade e segurança", complementou o engenheiro membro da comissão de avaliação do Engenhão, Sebastião Andrade.
Ainda não há qualquer previsão de custo para a obra na cobertura. A prefeitura irá se reunir com o consórcio responsável pelo estádio a partir de hoje para elaborar esse orçamento.
"Vamos notificar os consórcios ainda hoje. Serão 18 meses de obras. Mas é claro que isso não começará na segunda-feira. Ainda há uma série de estudos a serem feitos antes do início das obras", disse o secretário de obras do Rio de Janeiro, Alexandre Pinto.
O secretário ainda fez questão de assegurar que não haverá qualquer dinheiro público na obra. "A Prefeitura não terá nenhum gasto. Tudo sairá dos consórcios".
"Tragédia"

Alexandre Pinto também não poupou palavras para avaliar a repercussão do caso. "Fechar um estádio desse em tão pouco tempo é uma tragédia. Penso, sim, que é uma vergonha. Foi um erro no projeto da obra. Aliás, muitos erros", disse, se referindo ao projeto assinado pela Alfa Engenharia.

O Engenhão foi interditado pela Prefeitura do Rio de Janeiro no dia 26 de março. À época, o prefeito Eduardo Paes baseou-se em um relatório de uma empresa alemã, a SBP (Schlaich Bergermann und Partner), para anunciar o fechamento do estádio por tempo indeterminado.
Meses antes, a SBP havia sido contratada pelo consórcio construtor do Engenhão, formado pela Odebrecht e a OAS, para avaliar a estrutura do estádio. A SBP chegou à conclusão de que a cobertura do espaço tinha problemas. Ventos de 63 km/h poderiam fazer o teto do Engenhão ruir.
No início de maio, a Abece (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) questionou o laudo da SBP. De acordo com a associação, os cálculos realizados pela empresa alemã foram feitos fora do padrão brasileiro. Por isso, não poderiam ser considerados conclusivos para o fechamento do Engenhão.
Dias da ABECE se pronunciar sobre o assunto, a prefeitura criou uma comissão para avaliar os estudos sobre o estádio. O trabalho dessa comissão durou um mês.

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