PF prende grupo suspeito de enviar cocaína à Europa em peixes congelados

A Polícia Federal e a Interpol (polícia internacional) prenderam dez pessoas suspeitas de enviar cinco toneladas de cocaína do Brasil para a Europa. De acordo com a investigação, iniciada há um ano e meio, a droga era enviada desde 2008 e, parte dela, de avião, acondicionada em peixes congelados. Sete pessoas foram presas no Brasil e três no Exterior (Portugal, Suíça e Espanha). O empresário colombiano Alexander Pareja, 53 anos, morador da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, é apontado como chefe do grupo.

Ele foi preso em Divinópolis (MG) na noite de sexta-feira após aceitar convite de empresários mineiros para uma festa. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo. 

De boneca de crack ao pão com celular, o crime se esconde

Segundo a PF, Pareja tem um patrimônio calculado em R$ 10 milhões e investia o dinheiro obtido com o tráfico na compra de imóveis, empresas e automóveis. A prisão do colombiano levou a outros seis suspeitos de integrar a quadrilha no País, detidos em diferentes Estados. Até a segunda-feira, dois colombianos, dois brasileiros, um boliviano e um português tinham sido presos em São Paulo, no Pará, em Rondônia e em Rio Grande (RS). Na Europa, dois portugueses e um espanhol foram detidos. A advogada de Pareja, Janete Jane dos Santos, disse que o empresário pode estar sendo investigado pelo fato de ser colombiano. Ele já responde a um processo por suspeita de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no Rio. Em 2005, foi preso em SP em ação com apoio de agentes do DEA, a agência americana de repressão às drogas. De acordo com a PF, na época foi acusado de lavar R$ 40 milhões em uma semana. Após um período preso, foi solto em 2008.