sexta-feira, 21 de junho de 2013

PM libera prédio na Esplanada após investigar denúncia de bomba

Antonio Cruz/ABrApós ser evacuado na manhã de hoje (21) em razão de suspeita de bomba, foi liberado agora há pouco o prédio onde funcionam os ministérios da Cultura e do Meio Ambiente. De acordo com o tenente André Hydeki Nogueira, do Batalhão de Policiamento com Cães da Polícia Militar, nenhum artefato explosivo foi encontrado no local pela equipe do esquadrão antibombas da corporação.
Ele informou que o trabalho de varredura, que contou com o reforço de cães farejadores, nos nove andares do edifício foi concluído em cerca de duas horas e meia.

"Não foi encontrado nenhum material que possa oferecer riscos aos funcionários. Seguimos o protocolo e primeiro foram usados cães para detectar a presença de explosivos. Em seguida, o esquadrão antibombas entrou em ação, com equipamentos específicos, para verificar se havia substância explosiva e nada foi encontrado", explicou.
O tenente informou que a polícia recebeu a denúncia por meio de uma ligação anônima feita de um orelhão em Ceilândia, região do entorno de Brasília. Ele ressaltou que o caso será investigado e evitou associá-lo às manifestações de ontem.
"Não posso afirmar se há ligação [com as manifestações], mas posso dizer que o trote será investigado. Foi deslocado um aparato muito grande [por causa da suspeita]", acrescentou.
A agente administrativa do Ministério do Meio Ambiente Maria d'Alva Araújo lamentou a manhã de trabalho perdida em razão da falsa denúncia.
"Tanto trabalho na mesa e em casa e a gente preso aqui, do lado de fora, sem poder fazer nada.  Agora é correr para tentar recuperar o prejuízo", disse, logo depois do prédio ter sido liberado.

Depredação na Esplanada

O ministério fica na Esplanada dos Ministérios, área que concentrou os protestos nesta quinta-feira e que foi depredada ao final da manifestação
A manifestação de ontem, que reuniu 30 mil pessoas, foi a maior entre as cinco da última semana.
O protesto foi marcado por alguns atos de vandalismo, como a depredação do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, que contrastaram com o clima de calmaria da maioria dos ativistas.
Antes de invadir o Itamaraty, os ativistas já tinham tentado entrar no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, mas as sedes do Legislativo e do Executivo estavam protegidas por um cordão de isolamento da Polícia Militar.
Com o aumento do vandalismo, a PM começou a atirar bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Alguns manifestantes "retribuíam" jogando pedras sobre os policiais.
O efeito da dispersão foi a subida dos manifestantes  pela Esplanada. Ao longo da avenida, vários sinais de vandalismo.
Os manifestantes fizeram uma fogueira no gramado -- e impediram que os bombeiros a apagassem.
O prédio do Ministério da Saúde foi pichado com frases como "chega de ilusão", "cadê a educação" e "respeite o povo". Os prédios dos ministérios da Agricultura e Meio Ambiente também tiveram pichações.

OS PROTESTOS EM IMAGENS (CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR)

  • Manifestante tenta invadir a sede da Prefeitura de São Paulo, na região central da cidade
  • Carro de TV Record é incendiado em frente à Prefeitura de São Paulo durante protestos
  • Manifestante corre ao lado de estabelecimento comercial em chamas no centro de São Paulo
  • PM espirra spray de pimenta em manifestante durante protesto no Rio
  • Em Brasília, manifestantes conseguiram invadir a área externa do Congresso Nacional
  • Milhares de manifestantes tomam a avenida Faria Lima, em SP
  • Após protesto calmo em SP, grupo tenta invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo
  • Manifestantes tentam invadir o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio
  • Um carro que estava estacionado em uma rua do centro do Rio foi virado e incendiado
  • Cláudia Romualdo, comandante do policiamento de Belo Horizonte, posa com manifestantes
* Márcio Melo via Bol

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