quarta-feira, 19 de junho de 2013

Políticos Estão Encurralados


Os políticos estão encurralados. Eles simplesmente não sabem o que fazer para conter as manifestações que tomam conta do país. Nenhum deles está gostando do que vê. Melhor não chamar atenção para si.

A prova é que eles estão correndo para prestar apoio ou solidariedade ao movimento que só faz crescer.
Por coincidência, a presidente Dilma Rousseff (PT), a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), se manifestaram publicamente ontem (18) sobre os eventos políticos das últimas semanas.
Dilma disse assim: “Essa mensagem direta das ruas é por mais cidadania, por melhores escolas, melhores hospitais, postos de saúde, pelo direito a participação. Essa mensagem direta das ruas mostra a exigência de transporte público de qualidade a preço justo. A mensagem direta das ruas é pelo direito de influir nas decisões de todos os governos, do Legislativo e do Judiciário. Essa mensagem direta das ruas é de repúdio à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público”, avaliou.
Engraçado, Dilma fala como se não tivesse responsabilidade direta em todas as questões. Ela se pronuncia como se tudo estivesse distante de suas funções de Chefe do Executivo.
Na mesma terça-feira, a governadora Rosalba Ciarlini declarou assombrada: “Vejo os movimentos sociais que estão acontecendo por todo o País como uma prova do fortalecimento da nossa jovem democracia. No Rio Grande do Norte não será diferente, até pelo histórico de ser um Estado que sempre lutou pelas liberdades. A minha orientação à Polícia é no sentido de manter a paz, de proteção às manifestações democráticas, garantindo a liberdade de manifestação do pensamento".
A polícia sob o comando da governadora já reprimiu a ação dos manifestante na capital do Estado.
Carlos Eduardo Alves também saudou a democracia, mas fez questão de dizer que não está inerte: 
“Toda manifestação popular faz parte da democracia. Esperamos que tudo ocorra sem qualquer forma de violência, seja da polícia, seja dos manifestantes. É preciso respeitar e ouvir as reivindicações. Nós já aplicamos a redução da tarifa quando o governo federal publicou Medida Provisória desonerando o PIS e o Cofins. Na próxima sexta-feira estaremos enviando à Câmara Municipal o projeto de lei que autoriza a licitação do transporte público. Todo o processo de licitação será feito com transparência, garantindo a consulta pública e as audiências para que o tema seja amplamente debatido com a sociedade de forma democrática e plural”, declarou-se em nota.
E pelo Brasil afora, o tom do discurso dos governantes - sejam governadores ou prefeitos - é de extrema cautela e de respeito aos manifestante. Boa parte gostaria mesmo é de baixar o cacete, usando a força policial para acabar com os protestos. Mas eles não são loucos.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, já admite rever o aumento da passagem na capital paulista.
Pelo menos sete cidades - João Pessoa (PB), Recife (PE), Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS) Pelotas (RS), Montes Claros (MG) e Foz do Iguaçu (PR) - baixaram o valor da tarifa do transporte público, seguindo o exemplo do prefeito Carlos Eduardo Alves.
Ninguém quer desagradar as ruas. O mau humor da população está difícil de conter.
Em ano pré-eleitoral, os políticos com mandato estão com medo de virar alvo dos protestos. Os governantes estão atônitos. Não é para menos. Como a gente vê na foto que ilustra este post, já começaram a levantar cartazes com os dizeres "Fora Dilma".
* Márcio Melo via Blog do Dióneges

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