terça-feira, 9 de julho de 2013

Flu adota silêncio sobre penhoras para evitar rusga com Fla e Fazenda

Venda do atacante Wellington Nem ao Shakhtar-UCR não entrou nos cofres tricolores

O Fluminense estabeleceu uma prioridade clara nos últimos meses e tem se desdobrado para tentar resolvê-la. A tentativa de acordo com a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) para evitar as seguidas penhoras ainda não se concretizou, e a diretoria passou a adotar o silêncio sobre o caso para evitar um mal-estar com o órgão e polêmica que considera desnecessária com o Flamengo, apontado em redes sociais como privilegiado por ter obtido o acordo com a União.

Em junho, o presidente Peter Siemsen esteve em Brasília e se encontrou com senadores, representantes da AGU (Advocacia Geral da União) e da Fazenda. As conversas ainda não trouxeram o resultado esperado, apesar do clube das Laranjeiras ter feito uma proposta de acordo para pagar a dívida em parcelas mensais. O débito tributário tricolor ultrapassa R$ 140 milhões, mas as penhoras são referentes aos R$ 31 milhões em imposto de renda retido na fonte e INSS, entre 2007 e 2010.
“No momento não tem nenhuma novidade, estamos trabalhando tentando resolver isso, mas ainda não há uma definição”, disse o superintendente executivo Jackson Vasconcelos na última sexta-feira.
O time carioca estudou nas últimas semanas realizar uma coletiva de imprensa para tratar sobre o assunto, mas o presidente do Flu só quer se pronunciar quando houver uma resolução. Além disso, a intenção é evitar chamar a atenção, para que negociações como do meia Thiago Neves, próximo de se transferir para o Al Hilal-SAU, também não sejam bloqueadas.
A principal dificuldade do clube para equacionar o débito com a Fazenda e conseguir um acordo para parcelar o pagamento está nas garantias. O órgão federal não teria aceitado os contratos de receitas do Fluminense, apresentados para resguardar o depósito dos valores. 
Desde a julho de 2012, praticamente todas as receitas foram bloqueadas pela Justiça para execução da dívida. A última delas foi a venda do atacante Wellington Nem ao Shakthar-UCRpor R$ 25 milhões. Sem dinheiro, a solução tem sido buscar empréstimos e antecipar alguns ativos. Mesmo assim, o salário de parte do elenco está atrasado em dois meses. A Unimed é responsável pela maior parte dos pagamentos, através do direito de imagem, que está em dia. Os funcionários estão em dia.
No final de 2012, a desembargadora Salete Maccalóz determinou a centralização de todas as execuções da PGFN na 9ª Vara, em parcelas menores, de R$ 1,127 milhão mensal. A medida, porém, acabou não tendo o efeito desejado por conta de uma outra decisão judicial desfavorável. A assessoria da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional disse que não irá se manifestar sobre o assunto.

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