O promotor Paulo Sérgio de Lima disse acreditar que existem grandes possibilidades dos quatro suspeitos do estupro e assassinato da adolescente Tayna da Silva, de 14 anos, sejam inocentados por falta de prova. Ele entrou no domingo (14) com um pedido de liberdade na Justiça para que os suspeitos fossem soltos, já que os exames mostraram que o sêmen encontrado nas roupas da adolescente não é dos suspeitos presos.
Inicialmente eles confirmaram o crime, mas voltaram atrás alegando que foram torturados para admitir o homicídio. Uma comissão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) os visitou na detenção e confirmou as agressões após exames de corpo de delito.
Os quatro envolvidos prestaram um novo depoimento na noite de sábado (12) e devem sair do presídio na manhã de segunda-feira (15). O advogado que defendia os suspeitos, Roberto Rolim de Moura, foi destituído do cargo.
Segundo Moura, os presos foram orientados por ele a ficarem em silêncio em todas as ocasiões, mas durante depoimento de sábado teriam recebido uma proposta do delegado para a saída do advogado em troca da liberdade. Os quatro teriam aceitado. O delegado Guilherme Rangel, responsável pelo caso, negou as acusações e disse que os suspeitos destituíram o advogado porque queriam falar sobre o crime e estavam sendo impedidos.
Tayná desapareceu no dia 25 de junho em Colombo, região metropolitana de Curitiba (PR). O corpo da vítima foi localizado na tarde do dia 27. Familiares contaram que ela saiu de casa para visitar uma amiga. Ela foi até a casa da colega e quando saiu mandou uma mensagem por celular para a mãe avisando que estava voltando. Depois disso, não foi mais vista.
O primeiro delegado que assumiu as investigações foi afastado do caso após o vazamento do laudo que comprova que o sêmen não é dos suspeitos. A polícia apura se os funcionários tiveram alguma participação na morte e quem mais praticou os crimes.
* Márcio Melo via R7
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