quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Com paz no futebol, Fla agora pensa em rombo de R$ 40 mi

A forte pressão que enfrentavam o vice-presidente de futebol, Wallim  Vasconcelos, e o diretor Paulo Pelaipe simplesmente sumiu após os bons resultados nas últimas rodadas. Agora, as atenções da cúpula se voltam mais para fechar as contas até o final do ano porque ainda há compromissos de R$ 40 milhões em aberto.

Com um passivo considerável das últimas gestões – a dívida está pouco abaixo de R$ 700 milhões agora -, a diretoria rubro-negra tem se equilibrado entre a necessidade de investir no futebol e ao mesmo tempo de equilibrar as contas. Quando há maus resultados em campo, tem que contratar. Quando o time melhora, pode se concentrar em manter sadio o caixa do clube.
Há dez dias, houve até a convocação de uma reunião extraordinária de diretoria para discutir o futebol do clube. A intenção de membros da cúpula do clube era cobrar o departamento pelo mau rendimento do meia Carlos Eduardo, a posição do time na zona de rebaixamento, entre outros itens. Havia exigências de conselheiros por mais investimentos em contratações de jogadores.
Só que logo depois o Flamengo bateu o Atlético-MG de forma convicente. Os relatos são de que, no dia seguinte, sequer houve clima para cobranças na reunião extraordinária na segunda-feira.
Mais do isso, a contratação de Chicão e a boa estreia de André Santos calaram os pedidos por mais reforços, ainda mais porque o lateral atuou bem no primeiro jogo, no Fla-Flu, em nova vitória. O desempenho eficaz de Elias, contratado no início do ano, também serviu como compensação para o apagado Carlos Eduardo, na visão dos cartolas do clube.
Só que ainda há a questão das contas. Quando assumiu o clube, a diretoria via um rombo de cerca de R$ 140 milhões para este ano de 2013. Ou seja, era a diferença entre o que o clube arrecadaria e o que havia de compromissos para pagar.
Esse total caiu para cerca de R$ 40 milhões com a entrada de patrocínios novos, cortes na folha salarial e renegociações de dívidas. A questão é que agora o clube ficou limitado na capacidade de produzir novas rendas, fora bilheteria. Então, terá de pensar se recorre a antecipações de receita ou empréstimos para manter salários e contas em dia, o que tem conseguido até agora segundo membros da diretoria.
Com o futebol em paz por enquanto, o Flamengo pode pensar no seu ano de ajuste financeiro. Claro, enquanto o time de Mano Menezes se mantiver bem.

* Reprodução Márcio Melo

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