segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Governadores testam caras novas no Nordeste

Do Uol - Governadores do Nordeste em final de segundo mandato preparam quadros técnicos como seus possíveis candidatos à sucessão em 2014.
Inspiradas em experiências recentes, como a de Dilma Rousseff na corrida ao Planalto e a de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo, as estratégias na Bahia, em Pernambuco e no Ceará têm agora o componente da onda de protestos pelo país e o pleito por mudanças e caras novas na política.
Na Bahia, o PT trabalha para que pré-candidatos do partido saiam de campo em favor de Rui Costa.
Editoria de Arte/Folhapress
Chefe da Casa Civil de Jaques Wagner (PT), ele sempre foi o preferido do governador e passou a participar de inaugurações e tocar projetos midiáticos do governo, como o metrô de Salvador e uma ferrovia de R$ 7,4 bilhões.
A candidatura só não foi colocada em cena por dois motivos: Costa não tem o apelo eleitoral do senador Walter Pinheiro nem a preferência do ex-presidente Lula, simpático a José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e hoje secretário de Planejamento do Estado.
Em Pernambuco, a maioria das opções de Eduardo Campos (PSB) para a sucessão vem da área técnica do governo, com passagens pelo Tribunal de Contas local.

Os secretários Tadeu Alencar (Casa Civil), Danilo Cabral (Cidades) e Paulo Câmara (Fazenda) foram auditores do TCE-PE. A única exceção é o vice-governador, João Lyra Neto (PDT), de malas prontas para a legenda de Campos.
A falta de exposição é ponto favorável na avaliação do PSB, por atender "à voz das ruas", que pede novidades.
Além disso, um candidato com menos brilho é mais fácil de ser orientado pelo governador, como ocorreu na última disputa pela Prefeitura do Recife, quando Campos indicou Geraldo Julio (PSB), antigo secretário no governo e até então desconhecido.
No Ceará, uma das opções do governador Cid Gomes (PSB) é seu secretário da Fazenda, Mauro Filho (PSB).
Economista e deputado estadual em sexto mandato, ele é considerado internamente um dos técnicos mais qualificados do secretariado.
Mauro Filho é próximo ao ex-ministro Ciro Gomes (PSB), de quem foi secretário na Prefeitura de Fortaleza e no governo do Ceará.
O secretário tem acompanhado o governador em agendas sem relação direta com sua área, como em inauguração de hospitais e atos de liberação de recursos para abastecimento de água.
Para o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília, a indicação de técnicos à sucessão facilita o eventual retorno de um governador ao cargo. "Eles não querem nenhum político que possa se tornar rival."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.