quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Mortos em confrontos no Egito passam de 460, diz governo; feridos vão a 3.570

Mosaab El-Shamy/AFPUm novo balanço oficial divulgado nesta quinta-feira (15) pelo governo do Egito informa que a série de confrontos verificados nesta quarta-feira (14) deixaram um saldo de 464 mortos e 3.572 feridos.

De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde, Mohamed Fathallah, a maioria dos mortos são civis --cerca de 420-- vítimas da violenta dispersão dos acampamentos de manifestantes no Cairo que exigiam o retorno do presidente deposto Mohammed Mursi e dos confrontos em todo país. O ministério do Interior informou a morte de 43 policiais.
O Egito amanheceu em relativa calma nesta quinta-feira (15) após a primeira noite com toque de recolher, medida que foi decretada ontem pelas autoridades em resposta aos violentos distúrbios que causaram mais de 460 mortes e milhares de feridos em todo país.
Apesar do toque de recolher e o amplo desdobramento das forças da ordem para garantir seu cumprimento, a noite não esteve isenta de incidentes em diversas regiões.
Em Al Arish, capital da província do Norte do Sinai, um policial e um soldado morreram por disparos de desconhecidos em frente a uma delegacia, informou a agência de notícias estatal "Mena".
Já em Qena, no sul do país, pelo menos duas pessoas foram assassinadas durante os confrontos entre seguidores do deposto presidente Mohammed Mursi e as forças de segurança nos arredores dos tribunais desta cidade.
No norte do Cairo, em Qaliubiya, pelo menos três mortes foram registradas na noite de ontem em confrontos entre islamitas e opositores de Mursi.
Por conta dos distúrbios registrados em todo país, as autoridades egípcias decretaram estado de emergência durante um mês e o toque de recolher, das 19h às 06h locais, embora tenha sido iniciado com atraso de duas horas ontem por conta dos distúrbios em distintas zonas do país, que, segundo o Ministério de Saúde, causaram ao menos 464mortes e 3.572 feridos.
Os confrontos generalizados foram iniciados após uma operação policial para desmontar os acampamentos da Irmandade Muçulmana, grupo era liderado por Mursi até sua chegada à Presidência, nas praças de Rabea al Adauiya e de Al Nahda, ambas nas capital.
* Reprodução Márcio Melo

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