segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Reconhecido por vítima após 15 anos, acusado de estupros em série é condenado em Minas Gerais

Mayer foi reconhecido por vítima 11 anos depois do crime em Belo HorizonteO ex-bancário Pedro Meyer Guimarães, 57, acusado de estupros em série na década de 1990 contra meninas em Belo Horizonte, foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão em processo no qual a vítima o reconheceu 15 anos depois.
A decisão do juiz Alexandre Cardoso Bandeira, da 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte, foi publicada nesta segunda-feira (5). O magistrado expediu um mandado de prisão contra o réu. Na esteira da veiculação deste caso, outras mulheres também reconheceram Meyer como sendo o autor de abusos sexuais contra elas.

O suspeito, que ficou conhecido como "maníaco do Anchieta", estava preso desde março de 2012 no presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves (região metropolitana de Belo Horizonte). Ele foi solto em abril deste ano por meio de um habeas corpus.
A decisão de liberá-lo se deu, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), em razão de uma demora do IML (Instituto Médico Legal) em emitir o laudo de insanidade mental, solicitado pela defesa do acusado, no ano passado.
A falta do laudo fez com que o prazo na fase de instrução do processo fosse extrapolado, o que pesou na decisão dos desembargadores da 5° Câmara. Por unanimidade, os magistrados optaram pela liberdade de Meyer.
Contra ele, foram concluídos onze inquéritos pela polícia. No entanto, dez acusações prescreveram porque são crimes da década de 1990 e, por isso, acabaram arquivadas quando enviadas à Justiça.
Lucas Laire, advogado de Meyer, informou ao UOL que vai recorrer da sentença e irá entrar nesta segunda-feira (5) com um pedido de habeas corpus no intuito de o cliente aguardar em liberdade o resultado do recurso. Caso o habeas corpus seja negado, Laire afirmou que vai apresentar Meyer à Justiça. O advogado não revelou o paradeiro de seu cliente.

Reconheceu na rua

O ex-bancário foi reconhecido pela vítima quando caminhava em rua do bairro Anchieta, região centro-sul da capital mineira. Atualmente, com a profissão de fisioterapeuta e com 26 anos, ela teria sido violentada pelo homem aos onze anos de idade.
No momento do reconhecimento, ela afirmou ter seguido Meyer até o prédio onde ele morava e acionado a polícia, que prendeu o suspeito. Na década de 1990, na caçada ao estuprador que fez vítimas na capital mineira, a Polícia Civil acabou prendendo dois homens parecidos com Meyer.
O rosto marcante do maníaco, com características fortes – como sobrancelhas grossas e bigode - foram informadas por muitas das mulheres abusadas, e a polícia prendeu o porteiro Paulo Antônio da Silva e o artista plástico Eugênio Fiuza.
Em 2012, com a prisão de Meyer, o primeiro conseguiu decisão favorável do TJ-MG para extinguir o processo contra ele, após cinco anos de prisão. O segundo cumpre pena de mais de 30 anos em prisão domiciliar e ainda tenta provar que foi apenas confundido com o ex-bancário.

* Márcio Melo via Bol

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