sábado, 21 de setembro de 2013

Bomba atômica quase explodiu na Carolina do Norte em 1961, diz jornal

Uma bomba atômica norte-americana quase explodiu em 1961 sobre o Estado da Carolina do Norte, o que teria sido uma explosão 260 vezes mais poderosa do que aquela que devastou a cidade japonesa de Hiroshima, de acordo com um documento secreto publicado em um jornal britânico nesta sexta-feira (20).

O "The Guardian" afirmou que o documento sob o Ato de Liberdade de Informação, obtido pelo jornalista investigativo Eric Schlosser, deu a primeira evidência conclusiva de que os Estados Unidos chegaram perto de um desastre em janeiro de 1961.
O incidente aconteceu quando duas bombas de hidrogênio Mark 39 foram acidentalmente lançadas sobre Goldsboro, na Carolina do Norte, depois que um bombardeiro B-52 desintegrou em pleno ar.
Tem havido uma especulação persistente sobre a seriedade do incidente, e o governo dos Estados Unidos tem negado repetidamente que seu arsenal nuclear possa ter colocado a vida dos norte-americanos em risco devido a falhas de segurança, apontou o jornal.
Mas o documento recém-publicado revelou que uma das duas bombas se comportou exatamente como uma arma nuclear em tempos de guerra, com a abertura do paraquedas e seus mecanismos de gatilho engatados. Apenas um interruptor de baixa tensão impediu uma tragédia.
Partículas radioativas poderiam ter se espalhado sobre Washington, Baltimore, Filadélfia e até mesmo Nova York, segundo o jornal, ameaçando a vida de milhões de pessoas.
No documento, Parker Jones, um engenheiro sênior no Laboratório Nacional Sandia, responsável pela segurança mecânica de armas nucleares, concluiu que "um simples interruptor, de tecnologia de dínamo e de baixa voltagem, ficou entre os Estados Unidos e uma grande catástrofe".
O relatório de Jones, intitulado "Goldsboro Revisitado ou: Como eu Aprendi a Desconfiar da Bomba-H", foi escrito oito anos depois do acidente em que uma bomba de hidrogênio caiu em um terreno perto de Faro, na Carolina do Norte, e outra no campo.
Ele descobriu que três dos quatro mecanismos de segurança destinados a evitar a detonação acidental não funcionaram adequadamente na bomba em Faro.
Quando a bomba caiu no chão, um sinal de disparo foi enviado para a central nuclear do dispositivo e foi apenas o interruptor final, altamente vulnerável, que evitou um desastre.
O "Guardian" afirmou que o documento foi encontrado por Schlosser, já que ele estava pesquisando para um novo livro sobre a corrida armamentista nuclear.
* Reprodução Márcio Melo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.