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terça-feira, 1 de outubro de 2013

PF descobre esquema de desvio de dinheiro em 32 prefeituras do Maranhão

Pelo menos 32 prefeituras de cidades do Maranhão são investigadas pela PF (Polícia Federal) acusadas de participar de um esquema de desvio de recursos federais organizado por uma quadrilha de agiotas.

De acordo com a superintendência da PF em São Luís, das 32 suspeitas existem provas materiais contra sete prefeituras. O esquema usava principalmente verbas destinadas à aquisição de merenda escolar para pagamento de dívidas com agiotagem.
As prefeituras envolvidas no esquema divulgado pela PF são: Arari (169 km de São Luís), Cajapió (314km de São Luís), Paulo Ramos (312 km de São Luís), Pedro do Rosário  (305km de São Luís), Serrano do Maranhão (365km de São Luís), Vitória do Mearim (179 km de São Luís) e Turilândia (388 km de São Luís). A PF não informou o nome dos gestores acusados de envolvimento no esquema.
Segundo a polícia, o esquema ocorria da seguinte forma: o gestor do município candidato à reeleição ou o sucessor dele contraía empréstimo com um grupo de agiotas para financiar a campanha política e, após a eleição, o pagamento era feito com desvios de verbas da prefeitura ao em licitações fraudulentas.
"A forma de pagamento ocorria praticamente da mesma forma nas prefeituras, com o repasse de cheques assinados, mas com valores a serem preenchidos posteriormente, além da entrega de guias de saques bancários", disse o superintendente da PF no Maranhão, Luís André Almeida.
Segundo investigações da polícia, Sá foi morto após divulgar no blog o assassinato do revendedor de carros Fábio dos Santos Brasil Filho, 33, morto ao ser atingido por três tiros de pistola, no dia 31 de março de 2012, em Teresina, a mando do suposto grupo.
Foi a partir das investigações da morte de Sá que a polícia descobriu a ação da quadrilha de agiotas no interior do Maranhão.

Outro lado

UOL entrou em contato com as prefeituras citadas no esquema, nessa segunda-feira (30), porém apenas as prefeituras de Arari, Serrano do Maranhão e Pedro do Rosário se posicionaram sobre o assunto.
As prefeituras das cidades de Arari e de Serrano informaram que os atuais gestores não estão envolvidos nas irregularidades descobertas pela PF e atribuíram as responsabilidades às administrações anteriores.
"Temos a considerar que nada há sobre esse assunto referente à gestão atual do município. De modo que qualquer esclarecimento a esse respeito deva ser feito pelo gestor em questão", informou a nota da prefeitura de Arari.
Em contato com o prefeito reeleito de Pedro do Rosário, José Irlan Souza Serra (PTC), o gestor negou as acusações e afirmou que não existe qualquer irregularidade nas contas municipais.
UOL tentou contato com as prefeituras de Paulo Ramos, Cajapió, Vitória do Mearim e Turilândia, nessa segunda-feira (30) e nesta terça-feira (1º), mas não obteve retorno.
Já a defesa dos acusados Gláucio Alencar e José Alencar Miranda informou que ambos só iriam se pronunciar em juízo. Segundo o advogado deles, Adriano Cunha, "os clientes só irão prestar esclarecimentos na Justiça".
* Reprodução Márcio Melo

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