Suspeito de matar casal na Serra do Cipó (MG) diz que estuprou mulher

A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta quinta-feira (9), em Belo Horizonte, os dois suspeitos de terem assassinado a tiros, na última sexta-feira (3), um casal de namorados, na Serra do Cipó, local turístico na região central de Minas Gerais --a 100 km da capital mineira.

Durante a apresentação, um dos suspeitos confessou aos jornalistas ter ainda estuprado a advogada Lívia Viggiano Rocha Silveira, 39. Ela e o namorado, o também advogado Alexandre Werneck Oliveira, 46, foram mortos com disparos que atingiram suas cabeças, segundo a polícia. Em um primeiro depoimento, os dois teriam admitido a autoria das mortes.

• Suspeitos tentaram ligar o carro do advogado, mas como não conseguiram, o queimaram

Os corpos do casal, que estava desaparecido desde a sexta-feira passada (3), foram encontrados nesta quarta-feira (8), no rio Santo Antônio. Os suspeitos foram presos no último dia 7.

Helton Moreira de Castro, 19, um dos presos pela polícia, ainda acusou o comparsa Marcos Magno Peixoto Faria, 25, que tem deficiência auditiva, de também ter violentado a advogada.

Castro aponta Faria como sendo o autor dos disparos que mataram as vítimas. A polícia, no entanto, afirmou ter recolhido material para confirmar tecnicamente se o estupro ocorreu.

Segundo o delegado Thiago Saraiva, supostamente a intenção da dupla seria a de vender o carro do advogado, uma caminhonete de luxo. Mas eles apenas levaram R$ 170 e os celulares do casal. Posteriormente, o veículo foi incendiado pelos acusados, conforme a polícia.

O chefe do DHPP (Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegado Wagner Pinto, afirmou que os depoimentos dados pelos dois sobre a autoria dos disparos são conflitantes. Conforme o policial, um acusa o outro pela morte do casal de namorados. Ele ainda disse que o advogado pode ter reagido durante a ação dos criminosos por causa de um ferimento em um dos braços dele.

O UOL não conseguiu identificar nenhum advogado que se apresentasse como defensor dos acusados.

* Reprodução Márcio Melo