sábado, 6 de setembro de 2014

Brasil passa sufoco, vence Coreia, mas perde chance de garantir 1º lugar

Divulgação/FIVB

* Uol - A seleção brasileira de vôlei sofreu contra a Coreia do Sul, neste sábado, em Katowice (Polônia), mas conseguiu vencer. Apesar disso, a vitória apenas no tie-break por 3 sets a 2 (21-25, 25-13, 25-21, 17-25 e 15-13) fez com que a equipe perdesse a chance de sacramentar a liderança da chave com uma rodada de antecedência.

Agora, enfrentam Cuba no domingo, às 15h15 (horário de Brasília), com placar UOL Esporte, para manter os 100% de aproveitamento e levar a melhor performance possível para a próxima fase, quando terá pela frente mais quatro jogos, entre os quais contra a Rússia, atual campeã olímpica e outra favorita ao título.

Os quatro primeiros de cada um dos quatro grupos avançam e levam consigo os resultados da primeira fase (exceto os contra os dois times da chave que foram desclassificados). Na segunda fase, os times de um grupo só enfrentam países da outra chave que cruza (só há jogos de entre times do B contra o D, no caso brasileiro).

No Grupo B, Brasil e Alemanha já estão classificados, e Finlândia e Cuba têm tudo para ficar com as outras vagas, a não ser que uma difícil combinação de resultados ocorra neste domingo.

Fases do jogo:
A fragilidade do rival fez Bernardinho começar já com um time diferente para testes. Lucão, Wallace e Lucarelli ficaram de fora. Éder, Lipe e Leandro Vissotto apareceram na formação inicial. A falta de entrosamento pesava. O bloqueio não acompanhava o ataque rival, e a recepção tinha muitas falhas. Os coreanos, no estilo de defesa e paciência, se aproveitaram de um Brasil irreconhecível e abriram 19 a 15. Nada mudava nem com os tempos pedidos, e os asiáticos fecharam em 25 a 21. Bernardinho saiu irritado após o fim do set.

Mas as broncas do treinador surtiram efeito. Desde o começo do segundo set, os brasileiros pareciam bem mais concentrados e abriram boa vantagem: 9 a 3. Os saques estavam entrando, e os erros de passe diminuíram. Lipe melhorou muito a eficiência e foi importante nos saques e nas bolas pelas pontas. Com a mesma formação que perdeu o primeiro set, o Brasil aprendeu a lição e passeou com um 25 a 21.

Os erros voltaram no terceiro set, e o Brasil repetia o desempenho ruim do primeiro sobretudo nas recepções e no bloqueio quase sempre fora da jogada. Perdia até a metade do set. Mas em um pedido de tempo, o time reagiu e o paredão na rede começou a funcionar. Com Éder e Sidão bloqueando bem e Vissotto impecável nas pontas, virada pra 25 a 21.

No quarto, pra variar, começo ruim e coreanos na frente: 7 a 3 e, mais tarde, 16 a 9. Os erros não paravam, e o time coreano divertia o público com seus seguidos bloqueios. Mais um set dos asiáticos, com 25-17. O tie-break foi decidido nos detalhes, e para a sorte brasileira os coreanos erraram demais nos pontos decisivos.Com boas bolas de meio, o Brasil fechou em 15-13.

O melhor: Leandro Vissotto. As pancadas estavam certeiras. Foi o mais procurado pelo levantador Raphael na maioria das bolas decisivas. Se não punha no chão, explorava bem o bloqueio para garantir os pontos.

O pior: Park Chul-Woo. O ponteiro coreano foi parado muitas vezes pelo bloqueio brasileiro, até que em uma bola fácil o treinador Kiwon Park perdeu a paciência e o sacou.

Toque dos técnicos: O sofrível primeiro set fez Bernardinho gastar os dois pedidos de tempo e sair muito irritado com o set perdido. Ainda assim manteve o estilo das últimas partidas: deixava a base que começou e fez poucas substituições. Não colocou Lucão e Lucarelli e fez que o mesmo time reagisse. Somente no decisivo set, no tie-break, é que colocou Wallace.

Para lembrar:

O capitão Bruninho segue sendo poupado em função de uma pancada em um dos dedos da mão direita. Assim como no jogo contra a Finlândia, foi relacionado e ficou no banco. Fez até movimentos de levantar a bola no aquecimento. Mas deve ser preservado e voltar apenas segunda fase.

O jogo deste sábado foi o primeiro em que não ocorreu o tradicional rodízio de líberos, entre Mário Jr. e Felipe, já que o segundo foi poupado e nem sequer foi relacionado para entrar em quadra.

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