quarta-feira, 17 de setembro de 2014

"Sexo e as Negas" estreia com cenas quentes e divide opiniões na web

Reprodução / TV Globo

* Bol - Em meio a acusações de racismo, "Sexo e as Negas" estreou nesta terça-feira (16), na Globo, e fez sucesso entre os internautas. A hashtag com o nome do programa ficou entre assuntos mais comentados do Twitter e a maioria elogiou a série de Miguel Falabella, que se inspirou na americana de sucesso em todo mundo "Sex and the City".

"To amando 'Sexo e as Negas'", escreveu um internauta. "Acho sensacional colocar o elenco de maioria negra na série! E o Falabella ainda é acusado de racismo. Vai entender", escreveu outro.
Há também quem tenha reprovado a série. Apesar de não ter entrado nos Trendings Topics (a lista dos assuntos mais comentados do Twitter), a hashtag "Boicote a Sexo e as Negas", o mesmo nome de uma página criada no Facebook contra o programa, também foi citada na rede social entre os internautas. "Achei que ia me enganar. Mas que mau gosto. Se fosse ambientada em Sampa, acho que a visão seria outra das negras", comentou uma mulher. "Mulheres negras são mais que o corpo do carnaval", disse outra. "Programa mais ridículo, racista e preconceituoso não existe", desabafou outra telespecta.
As cenas quentes entre os personagens Zuma (Karin Hils) e Elder (Rafael Zulu) movimentaram o primeiro episódio. 
Antes de estrear, "Sexo e as Negas" já vinha sendo alvo de uma campanha na internet de boicote ao programa. Nos últimos dias, diversas organizações do movimento negro e de mulheres se manifestaram contra o seriado. A Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (Seppir) informou ao UOL que até o final da tarde do último dia 12 já eram 17 acusações. No Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) também foi realizada uma queixa contra o programa.
Em entrevista ao UOL nesta semana, Falabella contou que texto da série foi cortado, mas negou que tenha havido censura. O autor tem usado as redes sociais para rebater as críticas contra o racismo da série. "A minha série não explora muito sexo. Estamos em tempo de politicamente correto e, por isso, volta e meia precisamos fazer ginástica com o texto. Tive algumas falas cortadas, sim, mas está tudo bem. Não reclamo porque estou fazendo um produto para a TV aberta, que tem todo um código, toda uma regra", revelou à reportagem.


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