segunda-feira, 13 de abril de 2015

DENÚNCIA GRAVÍSSIMA: Policial civil é acusado de estuprar adolescente de 14 anos na Grande Natal

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Um policial civil lotado em uma cidade do Interior do Rio Grande do Norte está sendo acusado por uma família de ter estuprado uma garota de 14 anos, na cidade de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal.  O caso teria acontecido em janeiro deste ano e o policial tinha um relacionamento com a prima da vítima. Os nomes das fontes, da vítima e do policial serão preservados.
De acordo com informações de uma pessoa da família da menor, antes de cometer o estupro, o policial já tinha abusado anteriormente da menina. “Ele não tinha tido relacionamento sexual com a menina, mas ela já tinha feito outras coisas. A primeira vez ele esperou ficar sozinho com a menina. Depois ele a agarrou e deu um beijo na boca dela. Com medo, a menina apenas saiu correndo, se trancou no quarto e começou a chorar”.
Depois dessa primeira vez, outros abusos aconteceram. O homem se aproveitava do fato de ser policial para amedrontar a garota. “Ele acordava a menina no meio da noite e começava os abusos. Ele ficava em cima da menina e deixava a arma ao lado dele. Ele ficava ameaçando para ela não contar para ninguém. Uma situação bem complicada. Ele se aproveitou da liberdade que tinha para fazer uma coisa dessas”.
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O policial, segundo a fonte do Jornal de Hoje, era casado com uma das primas da menina e era visto como uma pessoa do bem, que não aparentava nenhum comportamento fora do normal. “Todo mundo falava que ele era uma pessoa boa, prestativa, que sempre tentava ajudar todo mundo. Essa prima com quem ele era casado morava com uma tia minha e com a menina. Ele então foi morar um tempo lá na casa e cometeu esses primeiros abusos. Depois ele saiu de casa e voltou uns dois meses depois, aí, na primeira noite, ele abusou sexualmente da menina”.
A adolescente prestou depoimento nessa sexta (10), na delegacia de São Gonçalo do Amarante. Lá, ela deu detalhes do que aconteceu. “A menina contou que estava dormindo quando ele entrou no quarto dela. Ela disse que ficou gritando, para ele parar de fazer aquilo, mas ele não parava, apenas pedia para ela parar de fazer barulho. Ele sempre com a arma por perto para deixar a menina com medo”.
Entre a noite na qual a menina foi estuprada e o dia que ela resolveu denunciar se passaram quase três meses. “Ele resolveu falar, pois disse que não estava mais aguentando conviver com aquilo. Disse que precisava desabafar. As primeiras pessoas para quem ela contou ficaram com medo de denunciar também, mas decidimos que isso teria que ser feito. O que esse policial fez não pode passar batido”.
O caso será investigado pela delegacia de São Gonçalo. Nesta segunda (13), a garota irá fazer o exame de corpo de delito. O policial também será chamado para prestar esclarecimentos. “Acredito que o caso ainda está na fase de apuração. Quando a denúncia chegar formalmente para a Delegacia Geral, iremos enviar para a corregedoria para que ele seja julgado administrativamente também”, contou o delegado Cleiton Pinho, titular da Delegacia da Polícia Civil do Interior (DPCIN).
Segundo dados de um livro divulgado por Ivenio Hermes, coordenador de Informática e Estatísticas da Sesed, em 2014 foram registrados 459 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, entre abusos, estupros e exploração. Uma das informações que mais chama atenção é que desses 459, 196 foram cometidos por pessoas que fazem parte da família da vítima. Os padrastos aparecem na liderança, responsáveis por 17% dos crimes (71 casos), seguidos pelos pais, com 15% (62 casos). Os tios representam 7% (28 casos) e os avôs 3% (10 casos). Dividindo por faixa etária, crianças entre 8 e 11 anos são as maiores vítimas, com 148 casos. A sequência é a seguinte: dos 12 a 14, 145 casos; de 4 a 7, 97 casos; dos 15 aos 18, 50 casos; e de 0 a 3, 19 casos.
Em entrevista para o JH nessa sexta (9), a titular da Delegacia Especializada na Defesa de Crianças e Adolescentes (DCA), Rossana Pinheiro, disse que os números “reais” são bem maiores do que esse. Segundo ela, um dos motivos para que as estatísticas não sejam maiores é que a número de pessoas que não denunciam agressões contra crianças e adolescentes é muito grande. Com isso, delegada Rossana conta que tem feito alguns trabalhos sociais para tentar reverter a situação. “Existem estatísticas que apontam que os casos denunciados de violência sexual representam apenas 10% do que realmente acontece. Nós estamos sempre participando de projetos e conversando com os menores”.
* O Jornal de Hoje

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