segunda-feira, 17 de abril de 2017

Dinheiro movimentado em propina poderia ter custeado saúde e educação

Apenas parte dos valores movimentados no esquema de corrupção dos três últimos governos, revelado por delações de executivos da empreiteira Odebrecht, poderia ter servido para custear obras fundamentais para o país. Levantamento do Correio, com base em inquéritos abertos pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e outros processos remetidos a instâncias inferiores, o esquema de corrupção da empreiteira pagou pelo menos R$ 450 milhões a políticos em forma de caixa 2 ou propinas. Com esse valor, seria possível, por baixo, custear 130 mil vagas em creches ou abrir 394 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), por exemplo.

O esquema de corrupção ia desde a aprovação de leis no Congresso em benefício da empreiteira a fraudes em processos licitatórios. Em um cálculo entre os 98 investigados na Suprema Corte, a propina per capita equivale a R$ 2,96 milhões. Com esse recurso, cada autoridade investigada poderia construir 15 Unidades Básicas de Saúde (UBS). O comparativo foi feito com base em obras consideradas estruturais e que acabam servindo de vitrine para diversos políticos.

* Assis Silva via Correio Braziliense

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