quinta-feira, 25 de maio de 2017

Sejuc admite que muro sem guaritas facilitou fuga histórica de 91 presos no RN


A construção de um muro sem guaritas – que prejudicou a visão dos guardas que trabalham nas torres de vigilância que já existiam no entorno da Penitenciária Estadual de Parnamirim – facilitou a fuga de 91 presos na madrugada desta quinta-feira (25). Foi a maior debandada da história do sistema prisional potiguar. Quem admite a falha é a própria Secretaria de Justiça e da Cidadania do Rio Grande do Norte, em entrevista à Inter TV Cabugi.

"O muro atrapalhou, deu vantagem para os internos e proteção visual. Depois de fazer o muro tinha que reestruturar, fazer as guaritas externas, que não foram feitas. Os policiais militares ainda estão nas guaritas internas, que perderam a funcionabilidade devido ao muro que foi colocado", afirmou o titular da Sejuc.

O secretário reconhece que falta de efetivo também prejudica a segurança do presídio. "Quatro agentes pra tomar conta de 589 internos é humanamente impossível. Seriam necessários, só no plantão, 15 agentes por turno pra fazer o serviço", informou. Ele ressalta que este problema deve ser resolvido com o concurso público para agentes penitenciários que está em andamento.

Segundo Luis Mauro, os presos foram transferidos do pavilhão onde começa o túnel para instalação de grades. A Sejuc também criou, junto com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), uma força-tarefa para recapturar os fugitivos. Até agora, nove dos 91 foram recapturados.

Celas sem grades

Segundo o secretário da Sejuc, os presos da PEP estão soltos dentro da unidade desde 2015, quando houve uma rebelião generalizada e as grades das celas foram arrancadas. O resultado disso é que os detentos circulam livremente pelos dois pavilhões e áreas de convivência da penitenciária. “Não dá pra realizar nenhum procedimento nestas condições, com os detentos soltos”, admitiu Luis Mauro. Agora, a unidade deve passar por reformas, segundo o secretário.


* Na Ficha da Polícia Com informações do G1

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