Do Uol - O Ministério da Saúde do Egito informou neste sábado (27) que pelo menos 21 pessoas morreram e outras 180 ficaram feridas nos confrontos das últimas horas entre partidários do deposto presidente Mohammed Mursi e e agentes da polícia no Cairo.
O porta-voz do ministério citado, Khaled al Khatib, explicou que, por enquanto, as autoridades só contaram as vítimas que foram levadas aos centros dependentes, um fato que exclui as pessoas mortas que foram levadas ao hospital de campanha de Rabea al Adauiya.
De acordo com os islamitas, que citaram fontes do hospital de campanha - situado na Praça de Rabea al Adauiya, onde os seguidores de Mursi mantêm um acampamento -, a maioria dos mortos apresenta disparos de bala na cabeça, no pescoço e no peito.
Os islamitas assinalaram que a polícia abriu fogo contra os seguidores de Mursi no começo da manhã próximo ao monumento do soldado desconhecido, no caminho de Nasr, nas proximidades de Rabea al Adauiya.
EGITO EM TRANSE
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Uma fonte dos serviços de segurança relatou à Agência Efe que os confrontos começaram quando os partidários do deposto presidente tentaram bloquear a ponte 6 de Outubro, uma das principais da cidade. Os soldados de ordem advertiram os manifestantes, mas, na sequência, a situação já se encontrava fora de controle.
Segundo a mesma fonte, a polícia tentou dispersar os islamistas com gás lacrimogêneo, que, por outro lado, respondiam com pedradas e disparos de balas de chumbo.
No entanto, a Irmandade Muçulmana aponta que pelo menos sete pessoas morreram e 250 ficaram feridas na noite de ontem em confrontos similares registrados nas imediações da mesquita de Al Qaed Ibrahim, situada na cidade de Alexandria, no norte do Egito.
A televisão estatal egípcia confirmou o número de mortos em Alexandria, mas reduziu o número de feridos a 141.
Nesta sexta-feira (26), o Egito registrou grandes manifestações a favor e contra o golpe de estado que derrubou Mursi no último dia 3 de julho.
Na capital, os islamitas se concentraram em Rabea al Adauiya e na Praça do Nahda, em Giza, enquanto dezenas de milhares de pessoas se reuniram na Praça Tahrir e seus arredores para dar respaldo às forças armadas.
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