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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Governo arrecada recorde de R$ 102,6 bi em impostos em janeiro


O governo arrecadou o valor recorde de R$ 102,579 bilhões em impostos somente em janeiro deste ano, segundo informou nesta sexta-feira (24) a Receita Federal. Descontada a inflação, o valor é 6,04% maior que o mesmo mês do ano passado. Esta é a primeira vez que a arrecadação mensal ultrapassa a marca dos R$ 100 bilhões.
De acordo com a Receita, os fatores que mais contribuíram para o recorde de arrecadação foram o pagamento, em janeiro, da primeira parcela ou cota única do Imposto de Renda para as empresas. Além disso, também engordaram a conta o pagamento, no mês passado, de royalties relativos à extração de petróleo.
Segundo a secretária-adjunta da Receita Federal, Zayda Bastos Manatta, o bom desempenho dos principais indicadores macroeconômicos (que influenciam a arrecadação de impostos) contribuiu para a alta. Destacam-se a importação de bens e serviços, que aumentou 17,2% em janeiro deste ano na comparação com 2011, e a alta na taxa de câmbio no período, que foi de 6,85%.
“A produção industrial de janeiro tem queda de 1,2% em relação ao mesmo período de 2011, mas é um decréscimo menor do que o observado nos últimos meses. A venda de bens e serviços tem crescimento de 4,3%, superior aos dois últimos meses, e a massa salarial tem crescimento expressivo, de 15,47% no mês. O valor em dólar das importações cresceu 14,49% e tem também o efeito da sazonalidade de dezembro”, disse.
Outro destaque é o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bebidas. O aumento do tributo, anunciado pelo governo no ano passado, garantiu um aumento na arrecadação de 52% em janeiro deste ano em relação ao mesmo mês de 2011.
A secretária da Receita prevê que a arrecadação de impostos em 2012 supere o recorde registrado no ano passado, de R$ 999,2 bilhões. Zayda Bastos Manatta minimizou o recorde de janeiro, que foi maior que o obtido em meses de dezembro, quando tradicionalmente a receita é maior.
“A nossa previsão é de crescimento na arrecadação do ano em relação ao ano passado. Não temos como dizer se esse comportamento de janeiro vai se manter ao longo dos meses porque tem arrecadações em atraso que contribuíram para o resultado de janeiro. Pagamentos que poderiam ter ocorrido em dezembro, ocorreram em janeiro. Mas a arrecadação vai continuar crescendo em relação ao ano passado”, disse. A Receita prevê um crescimento entre 4,5% e 5% nas receitas administradas pelo órgão em 2012. Essas receitas correspondem a 97% da arrecadação total no ano.

Fonte: Blog do Furão

Por Márcio Melo

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