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quarta-feira, 7 de março de 2012

Nova estação na Antártica deve ficar pronta até 2018

 

Custo estimado é de R$ 100 milhões. Base espanhola servirá de modelo para construção


A estação Comandante Ferraz na Antártica pegou fogo no dia 25 de fevereiro deste ano
Foto: Reuters

      A estação Comandante Ferraz na Antártica pegou fogo no dia 25 de fevereiro deste ano Reuters

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou na manhã desta terça-feira, em audiêcia pública no Senado, que a nova estação brasileira na Antártica deve ficar pronta, na melhor hipótese, no verão 2016-2017 ou 2017-2018. A primeira estimativa do governo aponta um custo médio de R$ 100 milhões para levantar a nova estrutura, após o incêndio que destruiu 70% das instalações da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), em 25 de fevereiro, e resultou na morte de dois militares. Na sexta-feira o Ministério da Defesa havia anunciado que a reconstrução da base de pesquisa seria reconstruída em dois anos, devendo ficar pronta em 2014.
Amorim confirmou no Senado que a União deve abrir crédito suplementar de R$ 40 milhões no orçamento deste ano para a limpeza do local do acidente, além da manutenção e recuperação das pesquisas e a elaboração do projeto básico da nova EACF, que deve ficar pronto dentro de um ano. O projeto detalhado na nova estação só deve ser finalizado no verão 2013-2014.
- Se tudo ocorrer muito bem, a construção da nova base só poderá começar no verão de 2013 e 2014 e levará de três a quatro anos. Isso, claro, caso os recursos venham de maneira continua. (Sobre o valor da nova base), as informações são um pouco indicativas - disse Amorim. - Estima-se, com base no custo das as últimas bases, R$ 100 milhões. Isso é (um investimento) que vai ocorrer ao longo de vários anos. Lembrando sempre a determinação de Dilma Rousseff de permitir a continuidade da pesquisa o tanto quanto for possível.
O ministro da Defesa lembrou que, após a conclusão do projeto detalhado na nova estação, o desenho na nova EACF deve ser aprovado pelos demais integrantes do Tratado Antártico, que regulamenta as atividades de pesquisa no continente gelado.
- É preciso discutir o projeto com os membros do tratado. Uma vez com o projeto, é submete aos membros do tratado antártico - explicou.
O Brasil, de acordo com o comandante do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), Almirante Marcos José de Carvalho Ferreira, já tem uma ideia do formato da nova base. Deve partir do desenho da Estação Juan Carlos, da Espanha, que custou 40 milhões de euros (cerca de R$ 100 milhões). A nova estação espanhola, diferentemente da estação incendiada do Brasil, não tem módulos contiguos, o que facilitou a propagação do fogo. A estação espanhola é unificada por uma área central, que interliga os módulos de operação, de acordo com desenho apresentado duranta a audiência pública.
Ainda participam da reunião no Senado, o ministro interino da Ciência e Tecnologia, Luiz Elias, e o pesquisador sênior do Proanatar, Jefferson Simões. A audiência pública é conjunta das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional; de Meio Ambiente Defesa do Consumidor Fiscalização e Controle e de Ciência e Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informação.

Fonte: O Globo

Por Márcio Melo


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