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quarta-feira, 6 de junho de 2012

CHUVA NA SECA: Avião consegue provocar 'chuvas artificiais' para aliviar seca na Bahia


Povoados da Chapada Diamantina foram beneficiados pelo método.
Sete pancadas de chuvas caíram nos locais em cerca de uma semana.


Povoados situados na região da Chapada Diamantina, na Bahia, foram focos de sete pancadas de chuvas forçadas, provocadas por indução artificial de nuvens, em cerca uma semana, de acordo com informações da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) divulgadas nesta terça-feira (5). O método ocorre através de um avião e tem por objetivo aliviar os efeitos das secas, que causam danos sociais e ambientais para mais da metade das cidades baianas. 
Do total, duas ocorrências foram possibilitadas no fim da manhã desta terça. As localidades até o momento beneficiadas são Prazeres, Alto Vermelho, Guaribas e Todos os Santos. O Ministério da Integração Nacional afirma que 217 municípios têm situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, dos 417 existentes, e já liberou R$ 15.789.724 milhões para obras de combate aos efeitos da seca na Bahia

Nem o mandacaru, símbolo nordestino, está suportando a seca em Morpará (BA) (Foto: Glauco Araújo/G1)
Mais da metade dos municípios baianos decretou
situação de emergência por causa da seca
(Foto: Glauco Araújo/G1)

A medida foi negociada entre a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado (Seagri), com consenso do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), em meio deste ano. A prestadora de serviços é a empresa ModClima. 
Na ocasião, o responsável pela pasta da Seagri, Eduardo Salles, afirmou ao G1 que  a medida será realizada em fase experimental, como "projeto piloto", ao custo de R$ 200 mil, com objetivo de gerar "alento" a curto prazo para a população desses locais. Se a técnica comprovar benefícios, há perspectiva de ampliar o acordo com a empresa para atuação em outras regiões que formam o semiário da Bahia.

"Um avião entra nas nuvens em potencial e as pulveriza com gotículas de água potável maiores que o vapor, o que faz elas incharem e a água cair. Tudo é correto em termos ambientais, não tem produtos químicos", explicou o secretário.
A aplicação resulta em chuva de pequena intensidade, mas que pode servir para umedecer o clima e o solo dessas localidades. "Não vai encher barragem e sim dar alento, umidade ao solo, o que é bom para a agropecuária e para o consumo humano. Não há expectativa de ver a barragem subir, por exemplo", afirmou. O efeito da precipitação seria maior, no entanto, se o teste fosse realizado até o mês de outubro, quando a formação das nuvens é mais madura. Por isso, a possibilidade apontada pela empresa ao governo é de 40% de sucesso.

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