Alunos e professores pintam os muros da escola com frases para políticos

Professores e estudantes do Centro de Educação Integrada Professor Eliseu Viana (CEIPEV) se uniram para protestar contra o barulho provocado pelos carros de som que passam constantemente pela rua da escola nesse período eleitoral.  

Indignados por não conseguirem assistir aula direito por conta do alto volume das músicas dos candidatos, os alunos pediram ‘socorro’ aos professores para que alguma atitude em defesa deles fosse tomada.

Em uma ação conjunta, professores e alunos do 3° ano do ensino médio do Ceipev tiveram a ideia de pintar a fachada da escola pedindo que os candidatos-políticos não atrapalhassem a aula com o barulho das músicas de eleição.

Segundo Berenice Freitas, vice-diretora do Ceipev, o professor Lindemberg Ventura ficou à frente do projeto e organizou a pintura da fachada. Ela revela que em uma semana de frases expostas os efeitos já podem ser notados.

“Nosso protesto não é contra candidato A ou B, é um pedido de respeito aos estudantes que querem e precisam assistir aula. O Ceipev não pode ser visto apenas como um local para se ganhar votos, os candidatos têm que respeitar o momento de aula e é isso que queremos com as frases”, declara.

Para as estudantes Thagila Nara, Denise Lima, Sara Vanessa e Kalidja da Silva, todas estudantes do 1° ano do ensino médio, a iniciativa dos professores e alunos do 3° ano é muito boa, pois os carros de som prejudicam o andamento da aula em todas as turmas.

“Os carros de som atrapalham muito a aula. Tem dia que o professor tem que parar a aula e depois de 10 minutos continua com o conteúdo. Tanto ele como a gente perde o raciocínio. Silêncio na escola é bom e os alunos agradecem”, comenta Thagila Nara.

A aluna Denise Lima torce para que todo o muro da escola seja pintado, pois assim ficará mais visível para os candidatos que não se deve fazer propaganda eleitoral com carro de som em frente à escola.

“Eles se preocupam mais com nosso voto do que com o nosso aprendizado. Essa mensagem deixa claro que queremos estudar e não ouvir propaganda política”, finaliza.