Candidatos do PT encomendam bonecos de Lula no interior de SP

Candidatos do PT a prefeito no interior acharam uma maneira criativa de associar seus nomes ao ex-presidente Lula. Coordenações de campanhas estão encomendando bonecos infláveis do principal cabo eleitoral petista nas eleições municipais deste ano.

O detalhe é que os bonecos --encontrados pela Folha em pelo menos dois municípios do interior-- têm inclusive quatro dedos numa das mãos.

Nessas cidades, o boneco compensa a ausência de Lula, já que o ex-presidente dificilmente fará campanha fora de capitais antes do primeiro turno das eleições.

Em Piracicaba (160 km de SP), os bonecos entraram em ação nesta semana, segundo o candidato Roberto Felício. "É um diferencial, chama a atenção do povo e provoca a curiosidade das pessoas."

Seis bonecos foram encomendados: três de Lula e três de Felício.

	Edson Silva/Folhapress
	Campanha do PT em Ribeirão Preto usa bonecos infláveis do ex-presidente Lula e do candidato a prefeito João Gandini

Já em Ribeirão Preto (313 km de SP) --cidade do ex-ministro Antonio Palocci--, o boneco do candidato João Gandini também anda diariamente ao lado do de Lula pelas ruas da cidade.

"O ex-presidente é uma figura emblemática e importante, por isso devemos associar o nome dele ao nosso candidato", afirma o coordenador da campanha, Augusto Roberto Nogueira.

Foram encomendados um boneco de Lula e outro de Gandini.

Ricardo Pinto Nazário, 48, proprietário da empresa que fabrica os bonecos, conta que está negociando bonecos do Lula em mais 13 municípios do Estado de São Paulo --ele não citou quais.

Segundo ele, os infláveis de Lula surgiram já nas eleições de 2008. Desde então, já estão espalhados pelos Brasil 25 Lulas --Nazário não soube precisar, porém, quantos só neste ano.

O empresário disse que já confeccionou infláveis de 80 políticos --entre eles, José Serra (PSDB), Tiririca (PR) e Gilberto Kassab (PSD). "É uma atração à parte e uma novidade na comunicação visual nas campanhas", diz Nazário.

Cada boneco mede 2,80 metros e custa, em média, R$ 2.500.