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segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Solo alemão ainda guarda milhares de bombas da Segunda Guerra

A detonação controlada de uma bomba da 2ª Guerra Mundial no centro de Munique, na Alemanha, na noite de terça (28), provocou estragos
A detonação controlada de uma bomba da 2ª Guerra Mundial no centro de Munique, na Alemanha, na noite de terça (28), provocou estragos


Quase 70 anos após o fim da Segunda Guerra, a Alemanha ainda é um barril de pólvora. Especialistas calculam que 100 mil bombas permanecem sob o solo e sob a água. E elas ainda podem explodir.

Na maioria das vezes, tudo ocorre sem problemas. Mas de vez em quando as bombas conseguem mostrar toda o poder de destruição que ainda guardam, mesmo depois de 70 anos, criando uma bola de fogo que pode ser vista a distância, fazendo com que os mais velhos se lembrem dos tempos da guerra e com que os mais jovens se sintam dentro de um filme de ação de Hollywood.

Especialistas estimam que cerca de 100 mil bombas permanecem escondidas no solo e sob a água, jogadas sobre a Alemanha durante seis anos de guerra. A organização ambientalista alemã BUND presume que existam 40 mil toneladas de munições químicas de guerra no Mar Báltico. Elas foram lançadas ao mar no período da Guerra Fria, depois de 1945, pelos aliados e pela Alemanha Oriental.

Detonação em Munique
Há poucos dias, peritos tiveram que organizar uma explosão controlada de uma bomba de 250 quilos em Munique, devido à impossibilidade de desarmar o artefato. A detonação estilhaçou janelas de edifícios próximos, no bairro de Schwabing. Sacos de palha colocados próximos à bomba para reduzir o impacto da explosão voaram pelo ar e incendiaram telhados nas redondezas. Mas ninguém ficou ferido.

A bomba de fabricação norte-americana descoberta apenas no dia anterior em uma obra, a um metro de profundidade, continha um detonador químico de ação retardada. Estas bombas foram construídas de forma que o impacto da queda fizesse estourar uma ampola de vidro contendo acetona. O líquido provoca uma reação química que faz disparar o percussor da bomba com um atraso de horas ou até dias, provocando uma violenta explosão. A desativação de tal dispositivo é difícil.

Autoridades e membros da defesa civil da cidade de Koblenz passaram por essa mesma experiência em novembro do ano passado, quando 45 mil moradores foram chamados a deixar suas casas depois que uma bomba de 1.400 quilos foi descoberta durante um período de maré baixa do rio Reno.

Acredita-se que o número de bombas da Segunda Guerra nas áreas metropolitanas do estado da Renânia do Norte-Vestfália seja especialmente grande. O estado mais populoso da Alemanha abrigava a maioria das instalações industriais e militares do Terceiro Reich. Por isso, os aliados concentraram quase metade dos seus ataques aéreos nas cidades ao longo do Reno.

Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú

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