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sábado, 8 de dezembro de 2012

Dívida somada de clubes da Série A do Brasileiro chega a R$ 2 bi; Flamengo é o maior devedor



O Clube de Regatas Flamengo é o que acumula a maior dívida, que beira os R$ 200 milhões

A dívida total de 16 dos 20 times que disputaram a primeira divisão do Campeonato Brasileiro deste ano é de R$ 2,189 bilhões, de acordo com o último balanço financeiro divulgado pelas agremiações esportivas, referente ao ano fiscal de 2011. Juntos, os 16 times possuem uma dívida bancária de R$ 824 milhões. Em dívidas operacionais, o valor somado chega a R$ 1,365 bilhão. O valor é R$ 578 milhões maior do que o que os clubes deviam no ano fiscal anterior, 2010.

Os números fazem parte do estudo "Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol do Brasil", feito pelo banco Itaú BBA. Os clubes incluídos no estudo são Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Portuguesa, Ponte Preta, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Internacional-RS, Coritiba e Figueirense.

Dívidas dos clubes da série A do Campeonato Brasileiro (em milhões)



Apesar do aumento das receitas e da redução nos custos verificados no período em questão, as dívidas bancárias cresceram 18%. Em 2010 a dívida bancária dos clubes era de R$ 698 milhões. Em 2011, subiu para R$ 824 milhões. O Atlético-MG é o clube mais endividado com os bancos, devendo R$ 151 milhões. Na contramão, o Internacional deve R$ 2 milhões e a Ponte Preta, R$ 1 milhão.

Devem mais do que arrecadam
De acordo com o estudo, o endividamento bancário não é negativo, na medida em que os empréstimos são tomados para investimento em infraestrutura e elenco na sua maioria, e não para cobrir as dívidas operacionais. “Quando o clube investe, ainda que com dívida cara, está aumentando ativos que geram valor, seja seus estádios, seus centros de treinamento, na formação de suas categorias de base ou na contratação de atletas”, diz o estudo.

Apesar disso, todos os times devem mais do que o que tem a receber, e o cenário piorou em 2011. Os empréstimos têm sido feitos para investimentos com retorno a longo prazo, em estádios e jogadores profissionais, com prazos de quitação mais curtos que este retorno. Para pagar as dívidas, os clubes acabam aumentando suas dívidas operacionais: pagamento de fornecedores, salários, contas e outras despesas do dia a dia.

Somadas, as dívidas operacionais dos clubes cresceram 49%. O clube que mais encontra dificuldades nos compromissos do dia a dia é o Flamengo, com R$ 200 milhões, seguido pelo Corinthians, com R$ 169 milhões. Já a Portuguesa é o time com o menor endividamento operacional, com R$ 2 milhões.

Principais credores
O banco BMG é o principal banco credor do futebol profissional brasileiro, com R$ 208 milhões emprestados a clubes da Série A do Brasileirão. Em segundo lugar está o Bradesco, com R$ 37,5 milhões emprestados e, em terceiro, o Itaú, com R$ 31,9 milhões emprestados a clubes.

De acordo com Mauro Martinez, gerente-geral de credito do Itaú BBA e um dos autores do estudo, o banco BMG passou a investir de forma sistemática em futebol. " Ele não só patrocina camisas de clubes, como Cruzeiro, Atlético-MG e Santos, mas também investe dinheiro em estrutura do futebol", diz Martinez. "É o caso do Atlético-MG, que recebeu financiamento do BMG para a montagem de suas estruturas no centro de treinamento”, diz ele.

Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú

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