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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Criança diabética morre após receber soro com glicose em hospital de Teresina


Uma menina de oito anos, diabética, morreu no Hospital do Satélite, em Teresina, após receber soro glico-fisiológico – que contém glicose, água e sal – prescrito por uma médica pediatra que atendeu à criança na emergência. O fato ocorreu no último dia 17.
A direção do hospital abriu processo administrativo para esclarecer o que pode ter ocorrido para contrIbuir para a morte da paciente e investigar possíveis responsabilidades dos médicos e do hospital.
De acordo com o hospital, a criança foi internada com sintomas de desidratação, provocada por vômitos sucessivos. Ela deu entrada no hospital às 15h12, levada pela avó, e cinco horas depois morreu, às 20h.
A mãe da menina Luana Mesquita, Socorro Soares, afirmou que a criança nunca apresentou sintomas da doença, e a família culpa o hospital de negligência por não ter realizado o teste glicêmico na menina antes de aplicar o soro.
A FHT (Fundação Hospitalar de Teresina) informou que o soro glicosado é padrão aplicado em casos como o de Luana e afirmou que a família deveria ter relatado que a criança estava com o nível de glicose alta no sangue.
Segundo o hospital, após a finalização do primeiro recipiente de soro "foi iniciada uma segunda etapa do mesmo soro. Como a paciente não apresentava melhora, os dois pediatras de plantão levaram a criança para a sala de reanimação para tentar salvá-la".

Doenças prévias

"Durante o período de 18h30 e 20h, foram realizados vários esforços pelos pediatras e clínicos para melhor reanimar a criança, entretanto, não obtiveram sucesso, e a paciente foi a óbito", disse o presidente da FHT, Aderivaldo Andrade, por meio de nota.
O hospital afirmou ainda que a direção clínica foi informada sobre piora do quadro de saúde da criança e "tentou obter, junto à família, informações sobre doenças prévias que pudessem ter ajudado a agravar o quadro, informando aos familiares que um exame de glicemia tinha revelado níveis elevados de glicose no sangue".
O hospital sugeriu que fosse realizada necropsia no corpo da menina, mas segundo a FUT, a família não concordou com o procedimento.

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