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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cabral cancela demolição do Julio Delamare e pode manter Célio de Barros

Júlio César Guimarães/UOL

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, desistiu de demolir o Parque Aquático Julio Delamare. Em seu perfil no twitter, Cabral anunciou que a derrubada do espaço, prevista no processo de privatização do Maracanã, foi cancelada pensando na natação brasileira.

“Tenho ouvido muitas manifestações em defesa da permanência do Parque Aquático no complexo do Maracanã”, declarou. “Diante disso o Julio Delamare está mantido.”
A decisão foi tomada em meio ao Mundial de natação, que acontece em Barcelona Espanha. Na competição, o Brasil já conquistou sete medalhas.
Segundo Cabral, o cancelamento da demolição foi definido após uma conversa por telefone com o presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Coaracy Nunes. “Coaracy me disse que o governo com isso estaria atendendo à natação brasileira”, afirmou Cabral.
O governador ainda afirmou que discutirá o futuro do Estádio de Atletismo Célio de Barros, cuja demolição também já foi anunciada. Na quarta-feira, o governador terá uma reunião com o presidente da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Lancetta, para falar sobre o assunto. 
"Marcamos uma conversa nesta quarta-feira para definir o futuro do estádio Célio de Barros", disse Cabral. "Disse a ele que desejo encontrar a melhor solução para o atletismo do Rio."
Assim como no caso do Julio Delamare, a demolição do Célio de Barros também está prevista na privatização do Maracanã. O grupo de empresas que assumiu a administração do estádio no início do mês assumiu o compromisso de colocar os dois equipamentos esportivos abaixo e construir dois novos, em uma área próxima ao estádio.
Isso, já foi tema de vários protestos no Rio. A Justiça, inclusive, já barrou as demolições.
Fato é que as derrubadas foram incluídas na lista das chamadas "obras incidentais" do Maracanã. Essas intervenções, segundo o governo, serviriam para preparar o complexo esportivo ao redor do estádio para a Copa do Mundo, a Olimpíada, e sua gestão privada. Ao todo, elas custariam R$ 594 milhões.
* Márcio Melo via Uol

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