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domingo, 28 de julho de 2013

CRUZEIRO GOLEIA ATLÉTICO/MG POR 4 A 1

Juliana Flister/Divulgação/Vipcomm

Do Uol - Esvaziado pelo lado atleticano que segue comemorando o título da Libertadores, o clássico teve festa cruzeirense, neste domingo, no Mineirão, antes, durante e depois do jogo. Após um susto no começo do primeiro tempo, quando viu o adversário sair à frente com gol de Alecsandro, cobrando pênalti, o Cruzeiro venceu, de virada e por goleada, por 4 a 1. O Atlético-MG colocou em campo uma equipe com nove reservas.

Os torcedores cruzeirenses não quiseram nem saber o time escalado pelo rival e comemoraram muito o triunfo, garantido desde o início do segundo tempo e aproveitando para zoar os rivais. Dessa forma, o Cruzeiro conseguiu ‘carimbar’ a faixa de campeão da Libertadores. Além disso, o time celeste manteve seu aproveitamento de 100% no Mineirão e conseguiu sua terceira vitória consecutiva diante do Atlético-MG desde a reabertura do Gigante da Pampulha.
Mandante do clássico, o torcedor celeste teve 90% da carga de ingressos à sua disposição. Além disso, organizou uma apresentação diferente para o meia Julio Baptista, considerado o principal reforço para a temporada e que chegou ao Mineirão em um carro forte. “Trouxemos o Julio dentro do carro forte por que é uma joia rara”, destacou o presidente celeste, Gilvan de Pinho Tavares.
Quatro dias depois de conquistar o título da Libertadores, contra o Olimpia, o Atlético voltou ao Mineirão, mas com poucos torcedores no estádio e com um time quase todo reserva. Somente dois titulares foram escalados por Cuca: os laterais Marcos Rocha e Richarlyson, que cumpriram suspensão, contra o time paraguaio e foram deslocados para o meio-campo. O restante do time todo formado por suplentes. O banco dos rivais dava a dimensão da diferença de tratamento das equipes com o clássico.
Enquanto o time celeste tinha 12 atletas, incluindo o recém-contratado atacante Willian, que veio por empréstimo na negociação de Diego Souza para o Metalist, e fez sua estreia, o técnico Cuca relacionou nove atletas, sendo seis deles da base do clube. Desses, somente Jemerson e Leleu já estavam entre os profissionais. “Não tinha outra solução, o pessoal está todo cansado e ainda perdemos Guilherme e Donizete, contundidos”, justificou Cuca. “Independente da equipe escalada, é um concorrente direto e precisamos dos três pontos”, disse Marcelo Oliveira.
Apesar do público não ser o esperado, em função das circunstâncias em que o clássico foi disputado, o espetáculo proporcionado pelas duas torcidas foi bonito. Os atleticanos gritavam “é campeão”, comemorando o título da Libertadores, enquanto os cruzeirenses, em número muito maior, abafavam o coro com vaias e gritos do nome do seu time.
E o primeiro tempo começou a pressão era toda celeste, apesar de não criar de grande perigo. Completamente improvisado, o Atlético não se acertava em campo, nos primeiros minutos. Aos 15 min, Mayke, após sofrer entrada dura de Ricahrlyson, advertido com o amarelo, teve de deixar o campo, contundido, sendo substituído por Ceará. Aos 17 min, no entanto, Dedê cometeu pênalti sobre Marcos Rocha, que, no minuto seguinte, foi convertido por Alecsandro.
O Atlético-MG, que finalizou pela primeira vez na cobrança do pênalti, continuou com a dificuldade para atacar. Mesmo sem muita inspiração, o time celeste tinha o controle do jogo. Em chutes de Vinícius Araújo e Everton Ribeiro, o goleiro Giovanni, substituto de Victor, teve de trabalhar e fez duas defesas. Aos 32 min, o Cruzeiro empatou o clássico. Luan disputou e ganhou a bola com Gilberto Silva, que ficou para Everton Ribeiro bater cruzado e fazer o gol cruzeirense.
Conseguida a igualdade, a equipe mandante pressionou, insistindo muito pelo lado esquerdo do seu ataque. Giovanni teve muito trabalho e fez uma grande defesa em cabeçada de Souza, aos 42 min. No minuto seguinte, o Cruzeiro virou o jogo, com Ricardo Goulart. Nesse instante, o Atlético apenas assistia o rival, que atacava sem parar e só não fez o terceiro gol por milagre, em jogada confusa na área atleticana.
Os cruzeirenses admitiram o começou ruim da equipe. “A gente começou muito lento, depois que tomamos o gol, acordamos, e conseguimos a virada”, resumiu Everton Ribeiro. O lateral esquerdo Júnior César, que atuou como titular contra o Olimpia, viu problemas de marcação pelo lado direito do Atlético. “Sabemos que é o lado forte deles”, disse.
O Atlético-MG voltou com duas alterações para o segundo tempo. Richarlyson, um dos dois titulares, foi substituído pelo jovem zagueiro Jemerson, enquanto Rosinei saiu para a entrada do meia Leleu, outro jogador revelado na base alvinegra. As tentativas de Cuca não mudaram o cenário do clássico, amplamente dominado pelo adversário, que chegou ao terceiro gol, marcado por Nilton, aos 8 min, aproveitando cobrança de falta. O quarto gol não demorou a sair, marcado por Ricardo Goulart, aos 12 min.
A festa cruzeirense foi enorme em um estádio enfeitado nas cores azul e branco. Provocações ao rival atleticano eram ouvidas o tempo todo. Com menos de 20 minutos, os gritos de “olé” eram constantes. Em campo, só dava Cruzeiro, com o alvinegro mineiro completamente perdido, sem forças para tentar esboçar reação, impondo a primeira golada ao Atlético-MG na edição atual do Brasileirão. Com a vitória assegurada e diante da fragilidade adversária, que não conseguia esboçar qualquer reação, o Cruzeiro reduziu seu ímpeto do final do primeiro e do começo da etapa final. Marcelo Oliveira promoveu a estreia de Willian, no lugar de Vinícius Araújo, e Martinuccio na vaga de Luan.

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