Um estudo produzido pelo Banco Itaú BBA e divulgado nesta semana aponta que a receita líquida do Sport Club Corinthians Paulista em 2012 foi de R$ 359 milhões, contra os R$ 290 milhões que a agremiação arrecadou em 2011 (crescimento de 24%).
Assim, o Corinthians permanece mais uma vez na posição de primeiro lugar no ranking de receitas de clubes de futebol brasileiros. Em segundo lugar aparece o São Paulo Futebol Clube, com uma receita anual de R$ 283 milhões em 2012 (em 2011, havia sido R$ 225 milhões).
Logo, a diferença de receita entre os dois clubes paulistas subiu R$ 11 milhões (de R$ 65 milhões para R$ 76 milhões), de acordo com o estudo do Itaú BBA. Vale dizer, porém, que, percentualmente, a diferença entre as receitas dos dois clubes caiu. Antes, era de de 29%, agora, está em 27%.
Em terceiro lugar no ranking de receitas de 2012 aparece o Internacional, da cidade de Porto Alegre. A agremiação colorada recolheu a seus cofres R$ 253 milhões no ano passado (35% mais do que em 2011), deixando para trás o Clube de Regatas Flamengo (R$ 212 milhões) e Santos Futebol Clube (R$ 198 milhões).
Já na sexta posição está a Sociedade Esportiva Palmeiras, com uma arrecadação total em 2012 de R$ 183 milhões. É possível que no ano que vem, contudo, a equipe alviverde seja ultrapassada pelo atual sétimo colocado no ranking, o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, que amealhou R$ 178 milhões no ano passado.
Isso porque o clube gaúcho pode esperar um aumento de receita neste ano em relação ao ano passado, já que concluiu a construção de seu novo estádio e lá passou a jogar. Por outro lado, o Palmeiras, que disputa a segunda divisão do Campeonato Brasileiro neste ano, viu sua receita com contratos de transmissão de TV ser reduzida.
De acordo com os autores do estudo do banco Itaú BBA, os números analisados servem de motivo para otimismo. “Com crescimento nominal de 32% – descontada a inflação seria de 24% – os clubes nunca tiveram acesso a tantos recursos como em 2012. Mais impressionante é verificar que desde 2010 os montantes crescem de forma progressiva, e na média de 29% ao ano'', destacam os autores da análise (são eles os seguintes profissionais da área de crédito do Itaú BBA: Cesar Grafietti, Pasquale Di Caterina, João dos Santos Cruz Júnior, Alexandre Antonio, Juliana Franceschini e Bernardo Magalhães Gomes).
Para os analistas, no entanto, alguns clubes já deveriam acender o sinal amarelo, aqueles que não apresentaram crescimento de receita em relação ao ano de 2011 (veja gráfico ao fim deste post): “Destaque para o fato de que os cinco clubes de maior Receita em 2012 são os mesmos de 2011, com a queda do Santos de 3º para 5º colocado. A atenção precisa ser chamada para Vasco e Cruzeiro, que apenas mantiveram as receitas de 2011 perderam posições no ranking.''
Outro elemento positivo que é evidenciado pelo estudo do banco é que os custos das atividades dos clubes têm aumentado a uma taxa inferior à de crescimento de suas receitas, o que significa que as agremiações nacionais estão, na média, aprendendo a lição de “gastar apenas o que se arrecada”.
Apesar disso e a causar enorme curiosidade, porém, as dívidas dos clubes com o poder público, geradas em sua maioria pela sonegação de impostos, vêm aumentando. Mas isso é assunto para um próximo post, que não tardará a chegar. Confira abaixo o ranking produzido pelos profissionais do banco Itaú BBA.
* Reprodução Márcio Melo
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