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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Sem energia, dentista usa lanterna para terminar cirurgia em Iacanga

Dentista usou lanterna adaptada aos óculos (Foto: Reprodução/TV TEM)
Moradores de Iacanga (SP) estão tendo prejuízo com as constantes quedas no fornecimento de energia elétrica. No consultório de José Legnaro, que é dentista na cidade, as interrupções deixam os pacientes de "boca aberta". Na última semana, a energia acabou no meio de uma cirurgia para implante dentário. José teve de improvisar e usou uma luz nos óculos ligada à bateria para terminar o serviço . "É um estresse muito grande porque o paciente quando vem para uma cirurgia já vem muito estressado. Aí estressa a equipe também. Foi tudo complicado mesmo", disse o profissional.

Pelo menos três vezes por semana parte da cidade fica sem luz, segundo a prefeitura. A concessionária de energia justificou que as interrupções são provocadas por manutenções de emergência, temporais e quedas de árvores e, que trabalha para melhorar o abastecimento e torná-lo confiável.
Os apagões tiram os lucros, causam transtornos e levam a compras que nem sempre cabem no orçamento. Esse é o caso do único hospital da cidade, que gastou mais de R$ 20 mil para ter um gerador de energia e evitar que o centro cirúrgico fique no escuro. Para evitar mais transtornos, a administração da Santa Casa preferiu investir em um gerador de energia a contar com as melhorias na rede.
O hospital atende 100 pessoas por dia e, pelos menos cinco, são internadas e não podem correr o risco de ficar sem energia elétrica. "Tem dia que chega a cair três quatro vezes. Às vezes são quedas rápidas, abruptas e volta na sequência. E às vezes demora bastante. Mas tem sido recorrente essa falta de energia na cidade", informou o provedor do hospital, Moacir Bueno.
Na casa de Terezinha Genaro de Almeida virou rotina desligar os eletrodomésticos. Micro-ondas, filtro de água e geladeira ficam sem funcionar em algum período do dia. Tudo para prevenir prejuízos com as quedas de energia, que somente nesta semana queimaram a televisão e o chuveiro. "Qualquer hora acaba. Fica liga, volta, liga, volta. E não é só na minha casa. Tem mais gente que está assim também".

Santa Casa investiu na compra de gerador (Foto: Reprodução/TV TEM)

Em nota, a CPFL afirmou que nesta sexta-feira (1º), haverá uma reunião entre técnicos da concessionária e a prefeitura de Iacanga. E que nos últimos três anos construiu duas subestações, uma em Iacanga e, outra, em Arealva. Afirmou também que desde o início do ano estão sendo feitas interrupções momentâneas no fornecimento para testar o sistema, e que estuda os pedidos de ressarcimento por danos elétricos causados em equipamentos dos clientes.

Quem tiver prejuízo por causa dos apagões tem até 90 dias para pedir o ressarcimento à concessionária. Já a empresa tem prazo de 15 dias para dar uma resposta.

* Reprodução Márcio Melo

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