Crianças desaparecem após saírem para escola no AM, dizem familiares

A polícia busca desde a noite de quinta-feira (31) sete crianças que teriam sido sequestradas na tarde do mesmo dia nas proximidades da Avenida Natal, bairro Nova Cidade, Zona Norte de Manaus. Duas outras jovens, que dizem ter sido libertadas pelos sequestradores, afirmam que três homens armados obrigaram o grupo a entrar em um veículo que seguiu para a mata na Reserva Florestal Adolpho Ducke.

A mãe de um dos meninos relata que o filho, de 10 anos de idade, não compareceu à escola estadual onde estuda e até a noite desta quinta-feira não apareceu em casa. "Segundo esta menina que voltou de onde meus filhos estão, os sete garotos foram amarrados nus próximo a um igarapé. Só que o que essa menina conta é suspeito, porque ela muda as versões da história", contou a mãe, que preferiu não se identificar.

A garota a que ela se refere é uma adolescente de 16 anos que também mora na área. Após ser libertada junto com outra menina, ela teria entrado em casa e não estaria respondendo aos pais sobre o paradeiro dos colegas, segundo os familiares dos garotos.

Alguns dos pais foram à delegacia da área para registrar a denúncia de que as crianças estavam desaparecidas. De acordo com o coronel da PM, Almir Davi, tanto a Polícia Militar, quanto Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil estão empenhados nas buscas pelas crianças. Um helicóptero auxilia nas buscas.

Na noite de quinta-feira, policiais militares da 13ª Cicom, 15ª Cicom e Rocam chegaram a realizar buscas pela área para tentar encontrar sinal dos garotos. O secretário executivo-adjunto do Programa Ronda no Bairro, coronel Amadeu Soares, explicou ao G1 que as buscas foram retomadas por volta das 6h desta sexta. "Vamos disponibilizar as buscas, depois disso, vamos pegar a versão original, porque existem muitas histórias contadas no local. Vamos levantar os dados para descobrir os fatos", disse.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, as crianças já foram consideradas desaparecidas. A assessoria também informou que mais informações sobre o caso ainda não podem ser divulgadas para que isso não interfira nas investigações.

* Reprodução Márcio Melo