Fábio bem que tentou, fez quatro milagres, mas não resistiu a todas as tentativas do Atlético-MG, que venceu o time misto do Palmeiras por 1 a 0 e saiu na frente nas oitavas de final da Copa do Brasil. O gol foi marcado por Luan, que deu seu primeiro toque na bola para abrir o marcador e estragar a noite pós-aniversário de centenário da equipe paulista, além de frear a reação iniciada no sábado, com a vitória em cima do Coritiba pelo Brasileirão. Sobrou para o presidente Paulo Nobre, xingado pela torcida.
O placar só não foi maior porque o goleiro palmeirense estava inspirado. Ao mesmo tempo, os donos da casa, que jogaram sem sete titulares, tiveram a oportunidade de sair à frente com Henrique. Ele chegou a converter pênalti duvidoso marcado em cima de Mazinho. O juiz, no entanto, mandou a cobrança voltar alegando corretamente uma invasão. Na segunda cobrança, o atacante desperdiçou. O jogo serviu para mostrar que não é possível confiar no elenco que a diretoria entregou para Gareca, com péssimas atuações de Diogo, Henrique e Mendieta.
O próximo jogo, agora, está marcado para o Estádio Independência, em Belo Horizonte, na quinta-feira (4), às 20h. Quem passar pega o vencedor de Corinthians x Bragantino nas quartas de finais. Antes disso, no entanto, os palmeirenses enfrentam o Internacional, no sábado, às 18h30, pela rodada do Brasileirão. Pelo mesmo campeonato, os mineiros pegam o Coritiba, no Couto Pereira, às 16h de domingo.
Fases do jogo: O Atlético-MG começou o jogo melhor e só não abriu uma belíssima vantagem logo no início graças ao goleiro rival. Foram três milagres de Fábio em sequência, em tentativas de Diego Tardelli e Jô. Enquanto isso, o Palmeiras mostrava uma enorme deficiência técnica, sempre com toques óbvios. Quando tentava ousar, errava. Até que o juiz marcou pênalti em Mazinho, que apareceu como homem surpresa. Henrique chegou a converter, mas o árbitro mandou voltar por invasão. O atacante, então, trocou o canto e acertou a placa de publicidade.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou determinado a abrir o placar e passou a tentar mais jogadas de risco. Não à toa, Gareca tirou Mazinho, que atuava mais no meio, para a entrada de Cristaldo. Levir Culpi respondeu e tirou Rafael Carioca para a entrada de Luan. O jogo, então, ficou um pouco mais franco, com ligações diretas da defesa para o ataque. Em um contra-ataque, Luan, que acabara de entrar, cabeceou cruzamento de Maicosuel e definiu a vitória. O Palmeiras chegou a ir para cima, mas só assustou mesmo nos acréscimos, com Mouche, que parou em Victor.
Chave do jogo: Qualidade técnica. O time do Atlético-MG não precisou se esforçar muito para assustar mais o Palmeiras. A melhor qualidade técnica de seus atletas ficou evidente na armação de jogadas e só não foi mais efetiva porque Fábio foi bem. Enquanto isso, na melhor chance que teve, o time paulista chutou o pênalti para fora. Tirando isso, Victor quase não tocou na bola.
O melhor: Fábio. Mesmo com o gol sofrido, o goleiro palmeirense viveu noite de redenção no Estádio do Pacaembu ao operar quatro milagres e evitar que sua equipe fosse goleada no Pacaembu.
O pior: Renato. O volante mostrou que estava inseguro e não repetiu as boas atuações que tinha no início da era de Ricardo Gareca. Foi ele, aliás, que teve a falha decisiva para a vitória do Atlético-MG, com gol de Luan.
Toque dos técnicos: Ricardo Gareca deixou claro que sua prioridade é o Campeonato Brasileiro e escalou um time com sete trocas entre os titulares em relação ao último jogo. Mazinho foi o homem escolhido para flutuar nas duas pontas do campo. Já Levir Culpi preferiu manter o time que vem atuando, apenas com a escalação de Jô no lugar de André, que se envolveu em polêmica extracampo durante a semana.
Para lembrar:
Promoção deu certo. A torcida do Palmeiras mostrou que o ingresso mais barato serviu como motivação. Quase 20 mil pessoas compareceram ao Estádio do Pacaembu na noite seguinte ao aniversário de centenário alviverde.
Torcidas irmãs. O clima era de paz total nas imediações do estádio. Com as torcidas organizadas aliadas, palmeirenses e atleticanos conviveram normalmente antes de entrar para arquibancada.
"Não, ele não!". Chamou atenção a tentativa de alguns torcedores no estádio de convencer Gareca a não escalar Henrique. Em coro, gritaram "ele não!" na hora em que Felipe Menezes foi chamado pelo treinador.
Ex-diretor, mas atual torcedor. O ex-diretor de marketing Marcelo Giannubilo não trabalha mais no Palmeiras, mas não deixa de comparecer ao Pacaembu. Ele, mais uma vez, foi ao estádio e se irritou bastante com a derrota.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 X 1 ATLÉTICO-MG
Data: 27 de agosto de 2014, quarta-feira
Horário: 22h (de Brasília)
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Público pagante: 18.396
Renda: R$ 406.837,50
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves e José Javel Silveira (ambos do RS)
Cartões amarelos: Rafael Carioca, Josué, Jemerson e Alex Silva (ATL); Mendieta (PAL)
Gol: Luan, aos 25 minutos do 2º tempo
PALMEIRAS: Fábio; Weldinho, Lúcio, Victorino e Victor Luis; Renato (Felipe Menezes), Marcelo Oliveira, Mendieta e Mazinho (Cristaldo); Diogo e Henrique (Mouche)
Técnico: Ricardo Gareca
ATLÉTICO-MG: Victor; Alex Silva, Jemerson, Leo Silva e Pedro Botelho; Rafael Carioca (Luan), Josué, Dátolo e Maicosuel (Marion); Tardeli e Jô (André)
Técnico: Levir Culpi
Fonte: Cidade News via Uol
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