Dos 9 aos 11 anos, uma menina foi estuprada pelo padrasto sob ameaça de morte em Montes Claros, no norte de Minas. A família só descobriu o abuso quando a garota reclamou de dores abdominais e foi levada ao médico. Um exame apontou a gravidez, que levou a criança a contar a rotina de abusos que sofria.
A mãe da criança, que tem outro filho, afirma que nunca desconfiou da violência sexual. Ela explicou à polícia que deixava os filhos com o companheiro, que tem problemas mentais, porque precisava trabalhar. Em caso de estupro, a legislação brasileira permite a interrupção da gravidez.
Segundo a Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), até o fim de agosto foram 25 estupros registrados na 11º Risp (Região Integrada de Segurança Pública), da qual Montes Claros faz parte. Em todo o ano de 2013 foram 49 abusos sexuais na região.
Cristiano Torres Ferreira, de 34 anos, teria tentado obrigar a enteada a abortar para impedir que o crime fosse descoberto.
O policial militar Wagner Ferreira afirma que o suspeito nega as agressões.
“Vinha mantendo relações com ela o tempo todo, e ameaçando. Ele fala que não abusava da criança e que não é o pai.”
O conselheiro tutelar Wagner Souza conta que a médica da clínica desconfiou da história ao ler o exame.
“A médica descobriu a gravidez e começou a questionar a família do que poderia ter acontecido, já que ela só tem onze anos.”
O Conselho Tutelar e a polícia acompanham o caso. O suspeito não tinha registro criminal.
Fonte: Cidade News via R7
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