quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

River Plate vence Nacional e Conquista a Copa Sulamericana

torcida River Plate (Foto: Agência Reutes)
O técnico Marcelo Gallardo, do River Plate, perdeu a mãe, Ana, no último dia 25, em meio a um turbilhão de emoções que vivia profissionalmente. O falecimento veio durante a disputa com o arquirrival Boca Juniors por uma vaga na decisão da Copa Sul-Americana. O treinador superou os dois problemas e conseguiu consolo em um outro membro da família, o filho mais velho Nahuel. Jogador das categorias de base dos Milionários, o garoto de 16 anos trabalha como gandula em jogos no Monumental de Núñez e costuma ficar perto de seu progenitor. Nesta quarta-feira, os dois roubaram a cena no momento mais importante da carreira do comandante. A equipe riverplatense venceu o Atlético Nacional por 2 a 0, gols de Mercado e Pezzella, e sagrou-se campeã da Copa Sul-Americana.

Na comemoração do primeiro gol, o técnico procurou Nahel atrás de uma das placas de publicidade e lhe deu um abraço fraternal. No segundo gol, que confirmou o nome do comandante na eternidade da instituição da qual já era ídolo, um novo abraço, tão forte, tão emocionante, que pareceu eterno. O River Plate voltou a conquistar um título internacional após 17 anos, e Gallardo tornou-se o primeiro dentro do clube a ganhar um troféu continental como jogador e como treinador. 
O ano de 2014 confirma a volta por cima do River Plate após o histórico rebaixamento em 2011. Na atual temporada, o time já ganhou o Torneio Final e a decisão do Campeonato Argentino. No próximo fim de semana, a equipe terá a oportunidade de vencer a atual edição da competição. O Racing, líder com 38 pontos, receberá o Godoy Cruz, e os Milionários, que têm 36, visitarão o Quilmes, em partidas que foram adiadas e serão válidas pela última rodada.
O jogo começou como uma típica partida de torneio sul-americano. Uma torcida que não parava de cantar, muitas faltas e pouco futebol. As oportunidades eram criadas apenas através das jogadas de bola parada - originadas pelas infrações cometidas pelos jogadores. Quando o River conseguiu jogar futebol, foi uma máquina. O atacante colombiano Téo Gutiérrez travou um duelo espetacular com o compatriota Armani, goleiro do Nacional. O arqueiro foi o destaque do primeiro tempo e salvou o Atlético com grandes defesas. Não faltaram oportunidades para o centroavante do River, mas todas as tentativas pararam na muralha rival.
Os visitantes demoraram a deixar de jogar passivamente. Os argentinos passavam o tempo todo na metade ofensiva do campo. Mas uma pequena mudança de posicionamento fez o panorama da partida mudar. Ruiz, que era bloqueado com facilidade na região central do gramado, passou a atuar como um ponta esquerda e percebeu que a defesa riverplatense tinha falhas. O jogador começou a arriscar dribles e chutes, dando trabalho a Bavorevo, que não mostrava a mesma segurança de Armani. 
PELO ALTO, PARA A GLÓRIA
Na segunda etapa, as duas equipes deram uma pausa nas faltas e jogaram com maior cautela. Qualquer erro poderia ser fatal. E as falhas acabaram sendo determinantes para o triunfo do River. Os dois gols foram feitos em jogadas de bola parada. No primeiro, aos nove minutos, o time argentino cobrou escanteio, Ruiz papou mosca, e Mercado subiu sozinho para cabecear e abrir o placar. Cinco minutos depois, em nova cobrança, Pezzella, com liberdade impressionante no meio da área cabeceou para garantir o título.
O River Plate praticamente desistiu do Campeonato Argentino, do qual era líder com relativa folga para se dedicar à conquista de mais um título internacional, quesito em que o arquirrival Boca Juniors é soberano. Além disso, a disputa com os xeneizes nas semifinais era uma decisão que eles não poderiam se dar ao luxo de perder, especialmente após duas eliminações na Libertadores. Valeu a pena. Mesmo com o cansaço de tantos jogos, o time milionário chegou até a final e volta a ser reconhecido como um gigante do continente.
* GE

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