sexta-feira, 3 de julho de 2015

Vídeos mostram professoras agredindo crianças em Brasília

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Vídeos de educadoras supostamente maltratando alunos entre três e cinco anos circulam pela internet. Os 25 registros foram filmados por uma monitora de uma escola particular que fica na região de Águas Claras (DF) e já estão em poder da Polícia Civil que investiga o caso. O Centro Educacional Ipê informou que já está tomando todas as providencias necessárias para apurar quaisquer irregularidades.

Em um dos registros, uma criança chora e grita várias vezes "não". O aluno teria feito xixi e as professoras o deixaram apenas de cueca diante toda a sala. "Vou deixar ele pelado. Olha o tamanho dele, cueca toda molhada. Eco", diz uma das professoras.

Até o momento, três professoras foram afastadas do colégio. De acordo com a Polícia Civil, 12 boletins de ocorrência foram registrados na 21º Delegacia, localizada em Águas Claras. Em outro registro, um menino diz ter medo de balões. "A tia não quer parar de estourar", diz chorando.

Pais dividem opiniões
O grupo no Facebook "Mães e amigas de Águas Claras", que possui mais de 30 mil participantes, foi dividido em opiniões. Em menos de 24h, diversas postagens sobre o caso foram publicadas. Algumas mães ficaram revoltadas com o colégio e contaram agressões que os filhos sofreram. Já outras, acreditam que o fato ocorreu de forma isolada.

"Minha filha estuda com uma das professoras envolvidas. A turminha está toda traumatizada", conta uma mãe que preferiu não se identificar. Segundo ela, a criança que tem apenas três anos, sofreu pressão psicológica por poder ir ao banheiro apenas uma vez na escola. "Colocavam fraldas e chupetas nos alunos e os obrigavam a andarem pela sala como se fossem bebês".

A mãe ainda não decidiu se tirará a filha da escola. "Estou muito revoltada. Vi os vídeos e chorei demais, é muita revolta. Por enquanto ainda não pensei em nada. Resolvi tirar férias para que minha filha se divirta muito e alivie essa tensão. Quando voltarmos resolverei tudo."

A profissional de relações internacionais Kelly Resende matriculou a filha em 2010 no Centro Educacional Ipê. Na época, a criança tinha um ano e oito meses e começou a desenvolver atitudes estranhas, como ficar com a mão gelada, vomitar e defecar no horário das aulas.

"Teve um dia que entrei no quarto dela e todas as bonecas estavam viradas para a parede. Ela gritava que todas estavam de castigo. Na hora do banho, minha filha também ficava falando sem parar 'engole o choro'. Eu a questionei sobre aquelas palavras e ela me contou que as professoras faziam isso com a turma e também os deixava sem comer."

A mãe disse que procurou a direção da escola. Porém, o Centro Educacional disse que nada poderia ser feito e que provavelmente a criança teria inventado tudo. Kelly então optou por desmatricular a filha do colégio. "Pensei que meu caso tinha sido uma exceção. Nem consegui ver os vídeos de tanta revolta. O colégio é o responsável e deve ser punido".

Já uma gerente comercial que também pediu para não ser identificada é a favor do colégio. Ela conta que tem um filho portador de necessidades especiais de três anos e que nunca teve problemas com as professoras e direção. "Sempre me trataram com respeito, educação e carinho. Fiquei surpresa com o que vi e ouvi. Entretanto, quero acreditar que foi um fato isolado e que tudo irá se resolver", disse.

A mãe também enfatiza que várias solicitações foram feitas no Centro Educacional Ipê após a repercussão dos vídeos. "Pedimos a instalação de câmeras online para acesso aos pais. O clima na escola está muito ruim e os profissionais abalados".

Por meio de nota, o colégio informou que está investigando o caso e que repudia qualquer atitude praticada contra alunos. "A nossa política é de promover o desenvolvimento, educação de qualidade, respeito e integração com as famílias. O Colégio Ipê está de porta abertas para as famílias para quaisquer esclarecimentos."

Fonte: Uol

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