Muita confusão em frente à sede do Náutico na noite desta terça-feira (8), após o jogo Santa Cruz 1×2 Paysandu, no Arruda. Torcedores armados com paus, bombas e pedras tumultuaram na Avenida Rosa e Silva, uma das mais movimentadas da zona norte do Recife. Houve brigas e torcedores sendo espancados. A Polícia Militar foi acionada. Teve gente sangrando, torcedores presos, loja depredada e cidadão sitiado em supermercado. A via ficou interditada por quase uma hora.
A organizada Terror Bicolor, do Paysandu, é aliada da Fanáutico, do Náutico. Membros dessa facção foram vistos na sede timbu durante a tarde. Eles entraram em confronto com integrantes da Inferno Coral, maior uniformizada do Santa. Quarenta policiais do 13º Batalhão da PM foram responsáveis por dispersar o tumulto.
A PM informou que foram efetuadas prisões mas não precisaram quantos. A loja de decoração Gianinni, em frente à sede alvirrubra, teve vidros quebrados. O dono da padaria Com.pão, quando soube da confusão, voltou ao estabelecimento, mas não detectou nenhuma avaria. O supermercado que fica a poucos metros do Náutico ainda fechou as portas para proteger os cidadãos que faziam compras.
Também houve confronto na Rua da Angustura, onde normalmente entram sócios do Náutico e o ônibus do time visitante. Foi possível ver torcedores atirando bombas e o som de vidros quebrados. Dois torcedores do Paysandu foram encaminhados ao Hospital da Restauração com ferimentos no rosto. Um estava consciente. O outro desmaiou ao entrar na unidade. Em sua página no Facebook, a torcida Terror Bicolor afirma que seus membros estão bem e a informação de um torcedor havia morrido não é verdadeira.
O detalhe é que a confusão começou a ser desenhada quando o Paysandu marcou o gol da vitória aos 38 do segundo tempo. Quase todos os torcedores do time paraense que estavam no Arruda bateram em retirada, assim como os membros da facção do Santa, que, diga-se de passagem, estão proibidos de entrarem nos estádios pernambucanos.
Essas brigas são mais comuns do que se imagina. Organizadas estendem seus tentáculos de Norte a Sul do País sob a desculpa de ‘dar uma força’ quando um time joga fora. Entre essas forças entenda-se rivalizar com a principal organizada dos donos da casa. Foi assim que Paulo Ricardo Gomes da Silva foi morto, atingido por uma privada em maio do ano passado no Arruda. Membro da Torcida Jovem do Sport ele foi engrossar o coro do Paraná Clube, que enfrentava o Santa Cruz.
Fonte: Cidade News
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