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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Mistério sobre Santo Sudário: estudo genético revela que tecido contém DNA de plantas encontradas em todo o mundo

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Um novo estudo de DNA contribuiu ainda mais para o mistério que envolve o Sudário de Turim, o suposto pano usado no enterro de Jesus Cristo.

Sequenciando genes de partículas de pólen e poeiras do sudário, os pesquisadores foram capazes de mapear os tipos de plantas e as pessoas que entraram em contato com o linho – tecido.
“Aqui nós relatamos as principais conclusões da análise do DNA genômico extraído de partículas de pó aspiradas de partes da imagem corporal e na borda lateral usada para datação por radiocarbono”, disse o Dr. Gianni Barcaccia, professor de genética de plantas na Universidade de Pádua, na Itália.
053-3Os pesquisadores descobriram uma série de grupos de plantas nativas do Mediterrâneo, de acordo com um relatório publicado no portal Real Clear Science, incluindo trevos, cavalinha, chicória e azevém. Outros genes de plantas eram do Oriente Médio, Ásia ou Américas, mas os cientistas sugerem que estes genes podem ter sido introduzidos em algum momento após o período medieval. “Identificamos espécies cultivadas, em grande parte, por agricultores, comum em muitos sistemas agrícolas do Velho Mundo, incluindo chicória e pepino”, revelaram.
053-1Os resultados, publicados na revista Scientific Reports, sugerem que o pano pode ter sido criado na Índia. Em seguida, viajou extensivamente por todo o mundo, fazendo contato com fiéis de todo o planeta, passando por Jerusalém, Turquia e França, antes de acabar na Itália. Outra sugestão é que o sudário foi criado na Europa Medieval, mas pessoas de todo o mundo, ao tocá-lo, transferiram seu DNA a ele – bem como resquícios microscópicos de pólen.
Predecessor do atual Papa, Bento XVI, descreveu o pano como um ícone “escrito com o sangue” de um homem crucificado. Bento disse que não havia “plena correspondência com o que os Evangelhos nos dizem de Jesus”, mas o debate sobre a autenticidade do Santo Sudário normalmente é impresso com a imagem de um homem que parece ter sido crucificado. Ele mostra, na parte traseiro e dianteira, sinais de um homem com barba, com braços cruzados sobre o peito. O pano é marcado pelo que parece ser filetes de sangue de ferimentos nos pulsos, pés e lado do tronco.
053-2Os pesquisadores do mais recente estudo descrevem-no como um homem “que sofreu trauma físico de uma forma consistente com a crucificação, depois de ser espancado, açoitado e coroado de espinhos”. Em 1998, o Sudário foi datado em carbono como sendo do final do século 13, dando apoio àqueles que dizem que ele é uma falsificação medieval. Mas ele manteve o seu ar místico para muitos, graças, em parte, ao fato de que os pesquisadores não foram capazes de estabelecer exatamente como a imagem foi criada.
O pano de 4,3 metros de comprimento foi colocado em exposição, em Turim, entre abril e junho deste ano. Antes deste ano, visitas públicas ao pano foram realizadas pela última vez em 2010. A Igreja não diz oficialmente que o corpo de Cristo foi envolto na mortalha ou que quaisquer milagres estavam envolvidos na criação da imagem, agora em exposição. “Não é algo de fé, porque ele não é um objeto de fé, nem de devoção, mas pode ajudar na fé de algumas pessoas”, disse o arcebispo de Turim, Cesare Nosiglia, no início deste ano.
Jornal Ciência


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