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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Ex-jogador Edílson “Capetinha” e mais dez são denunciados por fraude em loterias


O ex-jogador da seleção brasileira Edílson e outras dez pessoas foram denunciados nesta terça-feira (24) pelo Ministério Público Federal de Goiás sob acusação de participação num esquema de fraudes em loterias.

A denúncia é resultado da Operação Desventura, da Polícia Federal, que desarticulou o esquema em setembro deste ano.
A quadrilha é acusada de fraudar bilhetes de loteria premiados e teria gerado prejuízos de pelo menos R$ 60 milhões à Caixa Econômica Federal.
A defesa de Edílson nega que o ex-jogador tenha feito parte do esquema e afirma que o nome dele foi usado indevidamente.
Esta é a segunda denúncia do caso oferecida pela Procuradoria, que já havia denunciado em outubro outras cinco pessoas que fariam parte da “cúpula” da quadrilha. Na denúncia desta terça, o foco foram os supostos colaboradores do esquema.
Edílson, que é conhecido como Capetinha, foi denunciado por formação de quadrilha. Sua função no esquema, segundo o Ministério Público Federal, era aliciar gerentes de bancos em São Paulo, Goiás e Bahia para participar no esquema.
“Edilson valia-se de seu prestígio para influenciar os gerentes do banco a participarem da fraude, uma vez que seria impossível praticá-la sem a participação de empregados do banco”, afirmou na denúncia o procurador da República Hélio Telho.
O procurador chegou a classificar as atividades criminosas do grupo como uma “usina de golpes”.
Os outros dez denunciados são acusados de crimes como furto qualificado por fraude, estelionato, falsificação de documento público, tráfico de influência, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
OUTRO LADO
O advogado de Edílson, Thiago Pugliese afirmou à reportagem que considera uma vitória que o ex-jogador tenha sido denunciado apenas por participação em organização criminosa.
“É uma vitória da defesa. Agora, vamos aguardar a fase de instrução para comprovar que Edílson não teve nenhuma participação no esquema. Pelo contrário, ele foi vítima”, diz o advogado.
Para a defesa, Edílson teve o seu nome utilizado indevidamente por pessoas que queriam obter vantagens no esquema.
Folha Press



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