sábado, 10 de dezembro de 2016

Por herança, mulher mata marido com veneno de rato


* R7 - A Polícia Civil conclui o inquérito da morte de um empresário, que aconteceu em setembro, no bairro Santa Tereza, na região leste de BH. De acordo com as investigações, Anselmo Vicente Ribeiro, de 42 anos, foi assassinado com veneno de rato, pela própria mulher que queria se vingar de uma traição e receber o seguro da vítima.

Fabiane Viana do Vale, de 39 anos, e Anselmo eram casados há 20 anos. O único filho deles tem 6 anos de idade e eles planejavam aumentar a família. Porém, Fabiane não conseguiu engravidar e Ribeiro passou a ter um relacionamento extraconjugal com uma jovem funcionária, que engravidou dele. De acordo com a delegada Alice Botelho da Polícia Civil, o empresário queria registrar a criança gerada fora do casamento, mas a esposa, que apresenta comportamento frio, não aceitava a situação e planejou a morte dele.
— Ela não chorou no local do homicídio. Todo mundo achou que achou estranho como uma mulher que acabou de perder o marido fica em uma situação bem calma.
As investigações revelaram que Fabiane colocou chumbinho no suco de maracujá do marido e assistiu a morte dele. De acordo com perícia, a mulher tentou tranquilizá-lo e não acionou o socorro enquanto ele passava mal. Ao contrário, ela tentou ganhar tempo, dizendo a ele que faria sessão de acupuntura para que ele melhorasse.
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Apenas depois de perceber a morte do marido, a suspeita pediu ao filho que chamasse o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). Ela tentou de várias formas conseguir o atestado de óbito alegando causas naturais. Em uma das tentativas, ela esperava que uma médica vizinha não percebesse os sinais de envenenamento e fizesse o laudo. Porém, a médica do Samu percebeu o quadro de envenenamento e mandou acionar a polícia. Ela falou que o corpo iria para o IML (Instituto Médico Legal) e que não era para ser tocado até a chegada da polícia.
A suspeita não seguiu as recomendações da atendente e tentou limpar os vestígios do envenenamento com a ajuda da mãe dela. As duas limparam o vômito da vítima e a mãe de Fabiane amarrou a cabeça de Ribeiro para que ele não vomitasse novamente.
De acordo com a polícia, a suspeita ainda entrou em contato com um amigo policial para conseguir um médico para atestar a morte por causas naturais e chegou a implorar que o corpo do marido não fosse levado para o IML.

— Ela ajoelhou no chão e implorou para a médica socorrista não levá-lo para o Instituto, alegando que a mãe da vítima ia sofrer muito com a abertura do cadáver.
No mês de julho deste ano, Ribeiro havia feito um seguro empresarial que pagaria R$ 800 mil em caso de morte natural ou acidental. Além disso, o apartamento onde ele morava com a família estava praticamente vendido por R$ 380 mil. Uma semana após o crime, Fabiane colocou a livraria que pertencia à vítima para vender. No total, com a morte do marido, ela embolsaria, aproximadamente, R$ 2 milhões.
Fabiane Viana, que preferiu não comentar o caso com a imprensa, vai ser indiciada por homicídio qualificado. A mãe dela também será denunciada por fraude processual.

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