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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Fifa ignora mundiais de Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo; Corinthians é único bicampeão


A nova Fifa do presidente Gianni Infantino não reconhece como “oficial” o título do Palmeiras de campeão mundial de clubes, de 1951, e nem qualquer outro disputado no Japão durante os anos 1960 e 1990. Para a organização com sede em Zurique, apenas os vencedores dos torneios a partir de 2000 são “considerados oficialmente pela Fifa como campeões mundiais de clubes”.

Num comunicado enviado ao Estado, a entidade máxima do futebol afirma que reconhece o torneio vencido pelo clube paulista nos anos 50 como o primeiro campeonato de clubes de dimensão mundial. Mas esclarece que são apenas aqueles que venceram o torneio a partir de 2000 que são considerados pela entidade como oficialmente “campeões mundiais de clubes”.
Diplomática, a Fifa não deixa de dar certo valor aos torneios que existiam antes de 2000. Mas nunca os tratando como competições ou títulos oficiais.
“Em seu encontro em São Paulo no dia 7 de junho de 2014, o Comitê Executivo da Fifa concordou com o pedido apresentado pela CBF para reconhecer o torneio de 1951 entre os clubes da Europa e da América do Sul como a primeira competição de clubes de dimensão mundial, e o Palmeiras como seu vencedor”, disse.
“A Fifa reconhece e valoriza as iniciativas de estabelecer competições de clubes de dimensões mundiais ao longo da história”, disse a entidade. “Esse foi o caso de torneios envolvendo clubes europeus e sul-americanos, como a pioneira Copa Rio, jogada em 1951 e 1952, e a Copa Intercontinental”, afirmou.
Apesar dos elogios, a entidade esclarece que não pode conceder sua chancela de “oficial” a essas iniciativas. “Entretanto, não foi até 2000 que a Fifa organizou o estreante Mundial de Clubes da Fifa, com representantes de todas as seis confederações”, explicou. “Os vencedores dessa competição, que passou a ser organizada anualmente a partir de 2005, são aqueles considerados oficialmente pela Fifa como campeões mundiais de clubes”.
Em 2015, o Estado havia feito a mesma consulta para a Fifa. Naquele momento, porém, a resposta fora diferente. A entidade se limitou naquele momento a esclarecer que reconhecia o torneio de 1951 como a primeira competição de dimensão mundial, sem qualificar se havia uma diferença entre aqueles vencedores e os atuais.
Em 2014, em conversa com a reportagem, o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, chegou a informar que enviaria um certificado a cada um dos campeões mundiais desses demais torneios, reconhecendo seus feitos.

R7, com Estadão



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