terça-feira, 19 de setembro de 2017

Potiguar 1 está parado e 134 câmeras do Ciosp aguardam instalação



A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) não tem datas definidas para a retomada do uso do helicóptero Potiguar 1 e a instalação de 134 novas câmeras de monitoramento ligadas ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). Os dois mecanismos esbarram em questões burocráticas há meses e desfalcam a capacidade de segurança do Estado.

Potiguar 1 está parado desde o dia 1º de maio por falta de manutenção e itens quebrados. A licitação para a compra das peças de reposição foi aberta em abril, mas atrasou em junho por causa de recurso apresentado por uma das empresas concorrentes. As peças foram adquiridas em agosto por R$ 160 mil, mas, segundo informou a assessoria da Sesed, ainda não chegaram no estado. A reportagem questionou à Secretaria de quando será feita a entrega das peças, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.


Já as 134 câmeras de segurança adquiridas pela Sesed para aumentar a capacidade de monitoramento do Ciosp estão no Rio Grande do Norte, mas continuam paralisadas. A pasta afirma que um processo de licitação está em andamento para a contratação de uma empresa para a instalação desses equipamentos. Em julho deste ano, o Tenente Coronel Macedo, coordenador do Ciosp, afirmou que a previsão era operar “nos próximos 45 dias, no máximo até 60”, mas o prazo não foi cumprido. 

Na manhã de ontem (17), a secretária de segurança Sheila Freitas foi evasiva aos questionamentos da reportagem durante uma solenidade feita no Comando-Geral da Policia Militar. Ela afirmou que a instalação das câmeras “encontra questões burocráticas” e evitou citar datas.

Hoje, o monitoramento do Ciosp é feito por meio de 30 câmeras próprias, instaladas durante a Copa do Mundo de 2014, e de outras 61 oriundas de convênio com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) e com a prefeitura de São Gonçalo do Amarante – totalizando 91 câmeras. Desde julho, o Ciosp opera com 29 câmeras a menos por causa do fim de um contrato do Estado com uma empresa privada. A secretária Sheila Freitas justificou a desativação dessas câmeras porque “estava pagando mais caro”.

“Adquirimos 134 câmeras por meio do Governo Cidadão para fazer esse monitoramento, então não há porque pagar o serviço das 29 câmeras. Íamos pagar o serviço em dobro. O monitoramento agora vai ser feito por equipamentos próprios do estado”, disse. Os locais exatos de instalação das 134 câmeras não foram informados “por razões de segurança”. Além de Natal e região metropolitana, a cidade de Mossoró deve ter os equipamentos instalados pelo Governo do Estado.



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