Em entrevista ao podcast Pourquoi Docteur? (Por que, doutor?, em português), o francês Luc Montagnier, vencedor do Nobel de Medicina de 2008, afirma que o coronavírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, foi criado em um laboratório de Wuhan, na China. “A história de que ele surgiu em um mercado de peixes é lenda”, diz.
Premiado em 2008 com o Nobel pela descoberta do vírus HIV nos anos 1980, Montagnier disse que o laboratório da cidade de Wuhan se especializou nesse tipo coronavírus desde o início dos anos 2000 e, apesar de ser um local de alta segurança, teria deixado escapar a nova cepa do vírus.
O professor, que diz ter analisado a sequência do vírus com seu colega matemático Jean-Claude Perrez, afirma que pesquisadores indianos já haviam tentado publicar um estudo completo mostrando que o SARS-CoV-2 possui sequências do HIV, o vírus causador da aids.
Questionado se tal mutação não poderia ser natural, Montaigner foi categórico. “Não. Esse tipo de mutação precisa de ferramentas, não acontece na natureza”. Mas o cientista não acredita que os chineses tenham criado o vírus para ser uma arma biológica. “Acredito que estavam em busca de uma vacina contra o HIV e usaram um coronavírus como vetor”, explicou.
A fala de Montaigner despertou reações na comunidade científica. “É uma análise errada”, disse Simon Wain Hobson, virologista molecular do Instituto Pasteur, de Paris, em entrevista à RFI (Radio France Internationale).
“É muito simples. O genoma do novo coronavirus é particularmente rico em duas bases em seu genoma, e o HIV é rico em uma delas. Olhando a sequência genética, pode-se chegar à conclusão de que há similaridades”, explica Hobson. “As conclusões de Montaigner estão erradas”, completou.
“Trabalhamos com informações disponíveis e publicadas, então só posso comentar em cima destas informações previamente catalogadas. Tudo leva a pensar que [a covid-19] seja uma infecção natural. Ou seja, vem do mundo animal, e o ponto de partida seria um outro mamífero”, afirma o virologista.
* R7
Premiado em 2008 com o Nobel pela descoberta do vírus HIV nos anos 1980, Montagnier disse que o laboratório da cidade de Wuhan se especializou nesse tipo coronavírus desde o início dos anos 2000 e, apesar de ser um local de alta segurança, teria deixado escapar a nova cepa do vírus.
O professor, que diz ter analisado a sequência do vírus com seu colega matemático Jean-Claude Perrez, afirma que pesquisadores indianos já haviam tentado publicar um estudo completo mostrando que o SARS-CoV-2 possui sequências do HIV, o vírus causador da aids.
Questionado se tal mutação não poderia ser natural, Montaigner foi categórico. “Não. Esse tipo de mutação precisa de ferramentas, não acontece na natureza”. Mas o cientista não acredita que os chineses tenham criado o vírus para ser uma arma biológica. “Acredito que estavam em busca de uma vacina contra o HIV e usaram um coronavírus como vetor”, explicou.
A fala de Montaigner despertou reações na comunidade científica. “É uma análise errada”, disse Simon Wain Hobson, virologista molecular do Instituto Pasteur, de Paris, em entrevista à RFI (Radio France Internationale).
“É muito simples. O genoma do novo coronavirus é particularmente rico em duas bases em seu genoma, e o HIV é rico em uma delas. Olhando a sequência genética, pode-se chegar à conclusão de que há similaridades”, explica Hobson. “As conclusões de Montaigner estão erradas”, completou.
“Trabalhamos com informações disponíveis e publicadas, então só posso comentar em cima destas informações previamente catalogadas. Tudo leva a pensar que [a covid-19] seja uma infecção natural. Ou seja, vem do mundo animal, e o ponto de partida seria um outro mamífero”, afirma o virologista.
* R7
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