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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

MP denuncia 3 no caso de jovem obrigada a cavar a cova antes de ser morta

 

Criminosos pensaram que Amanda Albach faria parte de plano para matá-los.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou nesta 3ª feira (25.jan) os três suspeitos de envolvimento na morte de Amanda Albach Silva, de 21 anos, que estão em prisão preventiva. Eles responderão por tortura, cárcere privado, ocultação de cadáver e homicídio duplamente qualificado - pois o crime foi cometido por motivo torpe e sem possibilidade de defesa.
Segundo o órgão, a Justiça já recebeu a denúncia. A ação penal pública, assinada pela promotora de justiça Gabriela Arenhart, afirma que dois irmãos e a companheira de um deles teriam assassinado a jovem por pensar que ela faria parte de um plano elaborado por uma facção criminosa, ligada ao tráfico de drogas, para emboscá-los e matá-los.
A investigação aponta que Amanda, moradora do Paraná, teria ido passar o feriado de 15 de novembro -- Proclamação da República -- na casa em que a acusada, amiga da jovem, morava com o companheiro e o cunhado, ou seja, os demais denunciados. O trio manteve Amanda em cárcere privado no local, na data, após os quatro retornarem de uma festa em que haviam ido, no dia 14 daquele mês, em Florianópolis.
Das 11h às 19h do dia 15 -- por oito horas, então --, a jovem não só permaneceu em cárcere privado, mas também teria ficado sob ameaça de arma de fogo e sofrido "intensa tortura mental" para que falasse sobre o suposto plano, praticadas pelo três acusados. Posteriormente, os criminosos teriam amordaçado a vítima e levado ela para a praia de Itapirubá do Norte, em Imbituba (SC), onde a assassinaram com um tiro na cabeça e, depois, enterraram o corpo em uma cova cavada na areia. Segundo a polícia, antes de ser morta, Amanda foi obrigada a cavar o local onde seria enterrada.
O corpo foi encontrado em 3 de dezembro do ano passado, enterrado na praia. O velório ocorreu no Cemitério Municipal de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba, na manhã do dia 5 seguinte. Na ação penal pública, o MPSC pede que os acusados passem por julgamento do Tribunal do Júri e que uma indenização seja paga aos herdeiros da jovem de 21 anos. A prisão preventiva do trio foi decretada pela Justiça após a polícia pedir e o MPSC se manifestar a favor. Um dos acusados já estava em prisão temporária, e a companheira e o irmão dele, que haviam sido presos temporariamente, mas já estavam em liberdade, acabaram detidos novamente na última 6ª feira (21.jan), em Canoas (RS), devido à nova ordem vinda do Judiciário.


Fonte: SBT

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