Dilma gastou apenas 1/5 da verba para melhorar prisões
Embora diga que as condições dos presídios são "medievais", o ministro
José Eduardo Cardozo (Justiça) usou este ano só um quinto do que
dispunha para gastar com a melhoria das penitenciárias.
Presos estão 'abandonados', diz ministro do STF
Só Estado do Piauí não tem superlotação em presídios
Pior presídio em 2008, Aníbal Bruno vira complexo com 3 unidades em PE
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Há três ações com recursos fixados no Orçamento que não receberam nada em 2012.
No total, o ministro dispunha de R$ 312,4 milhões para ações destinadas a
"financiar e apoiar as atividades de modernização e aprimoramento" do
sistema penitenciário. Usou R$ 63,5 milhões.
Anteontem, o ministro afirmou que "preferia morrer" a ter que ficar muitos anos em algumas prisões brasileiras.
Com os R$ 250 milhões que deixou de gastar, o governo Dilma Rousseff
poderia construir oito penitenciárias, ao custo de R$ 30 milhões por
unidade --o mesmo previsto para o presídio de Brasília.
Dados do ministério mostram que, em 2011, havia 471 mil presos para 295 mil vagas.
Ações como "adequação física das penitenciárias", liberdade vigiada por
monitoramento eletrônico e construção da quinta penitenciária ainda não
receberam nada.
Para "apoio à construção de estabelecimentos prisionais nos Estados", o
governo utilizou 16,4% do que estava autorizado (R$ 39,1 milhões).
A Folha revelou, em setembro, que os repasses ao programa foram suspensos por suspeitas de fraude.
Auditoria da CGU (Controladoria-eral da União), concluída em junho do
ano passado, apontou que nenhuma ação prevista para 2010 recebeu 100% da
verba prevista.
A CGU viu ineficiência e lentidão para executar contratos: dos 146 celebrados, 68 sequer tinham sido iniciados.
OUTRO LADO
O ministério não comentou o uso dos recursos. Sobre o relatório da CGU,
disse que a maioria das ações que não saiu do papel permanece no
Orçamento e que é "comum e aceitável no setor público" gasto menor que o
previsto.
Quanto à execução falha de contratos, alega que repassou os recursos,
mas os Estados não executaram por incapacidade técnica e devolveram
parte da verba.
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